Detentos do Presídio Regional de Mafra que fazem parte do grupo de risco da Covid-19 estão em prisão domiciliar ou tiveram o benefício antecipado. A decisão segue uma orientação do Conselho Nacional e Justiça – CNJ.
A orientação é uma medida preventiva para prevenir e evitar o contágio do coronavírus no sistema prisional. Foram liberados os detentos que estão dentro do grupo de risco, como aqueles que têm doenças graves, crônicas e os maiores de 60 anos. Até a publicação desta matéria, não havia registro de casos da doença entre presos.
Ao todo foram 80 internos liberados com ou sem tornozeleira eletrônica, e alguns, aqueles que estavam próximos de passarem para o regime semi-aberto ou aberto, tiveram seus benefícios antecipados. Apesar da liberação, os presos continuaram respondendo aos processos pelos crimes que cometeram.
Segundo a direção do Presídio a liberação dos detendo sem tornozeleira se deu devido a falta do equipamento no sistema prisional, que durante esse período teve uma demanda muito alta. Ao todo foram mais de 2500 presos liberados no estado. Informou ainda que o Departamento de Administração Prisional – DEAP já realizou compra emergencial de novas tornozeleiras e que em breve estarão disponíveis.
O Presídio Regional de Mafra continua recebendo novos detentos, hoje a unidade conta com 229 presos (208 homens e 21 mulheres). Antes da liberação, em março, eram 325 internos no total. Todos os novos internos ao chegarem ao presídio passam por uma avaliação preliminar e seguem para celas preparadas, onde ficam em quarentena por 14 dias, após são reavaliados e daí sim seguem para as galerias junto com os demais presos. Durante o isolamento eles são monitorados por uma profissional da saúde.
Em Rio Negro a carceragem da Delegacia de Polícia Civil registrou apenas a remoção, para Curitiba, de 20 detentos, mas sem relação alguma com a Covid-19. Assim como no Presídio de Mafra a carceragem de Rio Negro não apresenta nenhum caso de internos com contaminação pelo coronavírus.