Os moradores de seis comunidades do interior caminharam da praça do Correio até fórum de Mafra no início da tarde desta terça-feira 01, para conversar com as autoridades, pedindo soluções quanto ao homicídio de Joseane de Barros, agente de saúde, desaparecida na ultima quinta-feira (25/02) a qual foi encontrada no dia 27, sem vida.
Os manifestantes pediram para que seja feita justiça de forma “rápida e eficaz”, através de banners e cartazes. A comunidade suspeita que seu ex marido esteja envolvido no homicídio, devido às ameaças que a vítima e sua filha haviam recebido neste ano, segundo relato da própria filha, parentes e conhecidos da vítima.
Nos cartazes, havia frases como “Mafra está em luto. A brutalidade interrompeu a sua vida”, além de fotos de Josiane e clamores a justiça. Os manifestantes parabenizam a Polícia Militar devido à apuração dos fatos, com base no serviço de inteligência da PM, e também a policia civil pelo seu excelente desempenho ao caso.
Eles relatam que Josiane estava em processo de separação e o mesmo não aceitava o divorcio, agindo de forma agressiva com a família. ”Ultimamente, nós recebíamos muitas ameaças do meu pai, já que minha mãe estava em processo de separação. Ele não aceitava, já tem cinco B.O em seu nome por ameaças a ela, até medida protetiva solicitamos há duas semanas para a gente” – disse a filha.
Os moradores ainda relatam que, as famílias já não saem mais de suas casas, devido ao crime que chocou a comunidade, “a marca vai ficar para sempre, e o medo nas sete comunidades no interior na cidade de Mafra também.” – relata um manifestante.
Uma comissão composta por familiares, parentes e moradores, foram recebidos no Fórum pelos juízes André Luiz Lopes de Souza, Fernando Orestes Rigoni e pelo promotor de justiça Alício Hirt que explicaram detalhadamente e pacientemente aos moradores e familiares como a justiça está procedendo no caso. A justiça afirma que as medidas necessárias já estão sendo tomadas, e que já foi determinada a prisão provisória de um dos suspeitos e do menor envolvido. As investigações continuam em andamento até que surjam todas as provas do crime.
Familiares e comunidade temem que os supostos culpados pelo crime saiam da cadeia antes de serem julgados, o que foi negado pelo magistrado, entendendo que os mesmos deverão ficar detidos até o julgamento, salvo o Tribunal de Justiça entenda de forma contrária e os liberte.
Os juízes e o promotor também orientaram os familiares e a comunidade colaborarem com a polícia e a justiça e em caso de ameaças procurem imediatamente a policia.
O magistrando entende também que provavelmente os suspeitos irão a júri popular.
Ao final da reunião, os familiares entregaram aos juízes um ofício solicitando “justiça aos criminosos”, para que possam voltar ao convívio da comunidade, não permitindo os mesmos a fazer parte daquele local.