Em Mafra caminhoneiros protestam contra o aumento dos combustíveis e a taxa de pedágio

Por Gazeta de Riomafra - 23/05/2018

A semana começou com greve dos caminhoneiros nas estradas brasileiras, e em Mafra, na BR-116, não foi diferente. A categoria estacionou seus caminhões no Km-07, próximo ao ‘trevo do Mallon’, em protesto aos continuados aumentos dos combustíveis – desde o último dia 14, foram seis altas seguidas – e contra a taxa de pedágio. O protesto já dura dois dias.

Os manifestantes pararam seus caminhões e carretas no acostamento nos dois lados da BR-116 (sentido sul e sentido norte) e nas marginais ao longo da rodovia, bloqueando a passagem caminhões. O trafego está liberado apenas para veículos de passeio, ônibus e caminhões com carga viva.

Eles querem a redução do valor do óleo diesel, a mudança na política de reajustes da Petrobras, com a redução da carga tributária para o diesel e a isenção da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide).

Além de protestarem contra a alta do diesel os caminhoneiros questionam os valores praticados nos pedágios.

A paralisação é comandada pela Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), entidade que representa os motoristas autônomos.

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AGRICULTORES SE JUNTAM AO MOVIMENTO

Na manhã de ontem os agricultores mafrenses se juntaram aos caminhoneiros parando seus tratores e maquinas agrícolas ao longo do acostamento da BR-116. Segundo os produtores rurais, os agricultores utilizam o diesel em seus maquinários, além de pagarem o frete para o transporte da sua produção, por isso a adesão junto ao movimento dos caminhoneiros.

PETROBRAS ANUNCIA REDUÇÃO NO PREÇO DO COMBUSTÍVEL

Ontem após o preço do diesel subir 0,97% nas refinarias a Petrobras anunciou que a partir de hoje o valor irá cair 1,54%. O preço da gasolina deve ter uma redução de 2,08%. A justificativa da estatal para as constantes altas dos combustíveis é a disparada dos valores internacionais do petróleo, assim como explica a redução de hoje que foi devido à queda do dólar nesta segunda-feira (21). Lembrando que a estatal adota a política de seguir as oscilações do petróleo no mercado internacional e no cambio, o que prevê alterações quase que diárias nos combustíveis.

A redução do preço dos combustíveis na refinaria não significa que o preço baixará nas bombas. Vai depender de cada posto aplicar a redução ou não, já que eles são livres para aplicarem os reajustes.

Entre julho do ano passado até abril deste ano o preço da gasolina comercializado nas refinarias acumulou alta de 55,47% e o diesel 56,88%, muito acima da inflação oficial neste período que é de 2,68%.

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LOCAIS DE MANIFESTAÇÃO EM SC

Manifestações em rodovias federais em Santa Catarina: BR-101 km 116, Itajaí, BR-101 km 282, Imbituba; BR-101 km 342, Tubarão; BR-101 km 354, Jaguaruna; BR-101km 421, Araranguá; BR-116 km 07, Mafra; BR-116 km 54, Papanduva; BR-116 km 138, Santa Cecília; BR-116 km 245, Lages; BR-280 km 21, Araquari; BR-282 km 344, Campos Novos; BR-282 km 395, Joaçaba; BR-282 km 463, Ponte Serrada; BR-470 km 09, Navegantes.

LOCAIS DE MANIFESTAÇÃO NO PARANÁ

No Paraná: BR-163 Km 32, Santo Antônio do Sudoeste; BR-277 Km 338, Guarapuava; BR-369 km 178, Arapongas; BR-376 Km 245, Apucarana; BR-376 Km 295, Mauá da Serra; BR-376 Km 187, Marialva; BR-373 km 478, Coronel Vivida; BR-163 Km 284,Marechal Cândido Rondon; BR-376 Km 137, Nova Esperança; BR-369 km 83, Cornélio Procópio; BR-158 Km 204, Peabiru; BR-272 km 364, Campo Mourão; BR-369 km 158,  Mamborê; BR-369 Km 158, Londrina; BR-467 Km 76, Toledo; BR-277 km 518, Guaraniaçú; BR-277 km 452, Laranjeiras; BR-376 km 137, Nova Esperança; BR-376 km 490, Ponta Grossa; BR-277 km 238,8, Irati.

FALTA “ESPAÇO” PARA BAIXAR TRIBUTOS SOBRE COMBUSTÍVEIS

O espaço nas contas públicas para baixar tributos sobre os combustíveis é “muito reduzido”. Foi o que disse o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, ontem 22, após reunião com o presidente da Petrobras, Pedro Parente, e o ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, para tratar da disparada no preço, que vem gerando protestos de caminhoneiros pelo país.

Semanas atrás, Guardia havia dito que não existia a possibilidade neste ano de o governo abrir mão de parte da arrecadação de impostos para conter a alta de preço dos combustíveis, devido à situação das contas públicas.

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