- Com informações do Portal Major Vieira.
Um jogo mortal que vem ganhando popularidade e chamando a atenção de todos na Internet e no mundo.
Um grupo oriundo da Rússia, conhecido como “#F57”, está sendo investigado devido a suspeita de que, com seu jogo Baleia Azul, já teria induzido mais de 130 jovens, predominantemente na Europa, a cometerem suicídio desde 2015.
Veja sinais de atitudes dos adolescentes que podem estar relacionadas com o jogo:
- Mutilações na palma da mão
- Ele assiste filmes de terror/psicodélicos com frequência
- Mutilações nos braços – cortes grandes com desenhos de baleia ou qualquer outro animal
- Desenhos de baleia
- Posts em redes sociais com os dizeres “#i_am_whale” (“Eu sou uma Baleia”).
- Sair de casa em horários estranhos – madrugada principalmente
- Cortes nos lábios
- Furos nas mãos com agulhas
- Arranjar brigas
- Evitar conversar durante muitas horas
Quem é o curador?
O “curador” é quem envia ao participante do jogo os 50 desafios que ele deve cumprir diariamente até chegar ao suicídio. Se condenado, ele pode ficar preso por mais de 40 anos. (3 anos por associação criminosa, 8 anos por lesão grave, 6 meses por ameaça e 30 anos por homicídio).
Veja como identificar e ajudar seu filho a não se envolver no jogo macabro Baleia Azul
Especialistas dão dicas úteis sobre como os pais podem identificar e ajudar seus filhos a não se envolverem no jogo Baleia Azul, uma série de 50 ordens que desconhecidos dão a adolescentes, por meio de redes sociais, sendo que a última exige o suicídio do participante. A Polícia investiga pelo menos dois casos de morte no Brasil: em Mato Grosso e na Paraíba. O caso de uma menina do Rio só não teve o mesmo fim trágico graças a intervenção de sua mãe.
Costumam ser atraídos para esse tipo de troca de mensagens adolescentes entre 12 e 14 anos, em média, e quem entra tem medo de sair por medo das ameaças dos administradores. A delegada recomenda aos pais fiscalizarem o uso de redes sociais pelos filhos. Veja, a seguir como se prevenir:
Mudanças de comportamento
Fique de olho se seu filho ou filha apresentou uma mudança brusca de comportamento. Isso pode ser sinal de que a criança ou adolescente esteja sofrendo com algo que não sabe lidar, segundo Elizabeth dos Reis Sanada, doutora em psicologia escolar e docente no Instituto Singularidades (SP). “Isolamento, mudança no apetite, o fato de o adolescente passar muito tempo fechado no quarto ou usar roupas para se esquivar de mostrar o corpo são pistas de que sofre algo que não consegue falar”, diz.
Demonstre interesse
Para entender se o jovem está com problemas, é fundamental que os pais se interessem por sua rotina. Elizabeth reforça que esse deve ser um desejo genuíno, e não momentâneo por conta da repercussão do jogo: “Os pais devem conhecer a rotina dos filhos, entender o que fazem, conhecer os amigos”.
Espaço para o diálogo
Filhos devem se sentir acolhidos. Por isso, Elizabeth reforça que é necessário que os pais revertam suas expectativas em relação a eles: “É preciso que o adolescente fique à vontade para falar de suas frustrações e se sinta apoiado. Se ele tiver um espaço para dividir suas angústias e for escutado, tem um fator de proteção”.
Vulnerabilidade
Angela Bley, psicóloga coordenadora do Instituto de Psicologia do Hospital Paqueno Príncipe (PR), diz que o adolescente com autoestima baixa e sem vínculo familiar fortalecido é mais vulnerável a cair neste tipo de armadilha. “O que tem diálogo em casa, não é criticado o tempo todo e tem autoestima melhor tem risco menor”. Ela reforça que muitas vezes o jovem não tem capacidade de discernir sobre todo o conteúdo ao qual é exposto. “Por isso, é importante o diálogo franco”.
Confiança
O jovem precisa buscar pessoas em quem confia para compartilhar seus anseios, seja na escola ou na família. “Que ele não ceda às ameaças de quem já está em contato com o jogo e entenda que quem está à frente deles são manipuladores”, diz Elizabeth.
Iniciativas da escola
As escolas podem ajudar a identificar situações de risco entre os alunos. “Não é qualquer criança que vai responder ao chamado de um jogo como esse, são os que têm situações de vulnerabilidade. A escola ajuda a construir laços e tem papel fundamental de perceber como os alunos se desenvolvem”, afirma Elizabeth. Alguns colégios, já cientes da viralização do jogo, começaram a pensar em alternativa para aumentar a conscientização sobre a importância de cuidar da vida.