Fóssil de barata que viveu antes dos dinossauros é encontrado em Mafra

Por Gazeta de Riomafra - 06/11/2016

O fóssil de uma barata que viveu há 320 milhões de anos foi encontrado por pesquisadores em Mafra. O inseto que existiu antes dos dinossauros deixou marcas semelhantes a rabiscos em uma pedra. Conforme os cientistas, com o estudo se verificou que elas pouco mudaram com a passagem de milhões de anos.

“Foi uma surpresa encontrar insetos em meio a sedimentos, misturados com restos de tubarões, conodontes, pedaços de peixe, esponjas marinhas e assim por diante”, comentou o pesquisador João Ricetti. O trabalho dos estudiosos da Universidade do Contestado, em Mafra, é minucioso, porque exige a análise de cada espaço do solo, cada fragmento de rocha, onde foram encontrados os primeiros fósseis há 20 anos.

Segundo informações de uma fonte do Cenpaleo de Mafra a nossa reportagem, o fóssil foi encontrado em nosso município num terreno ao lado da empresa Bandag, situado na localidade de Campo da Lança as margens da BR-280.

No laboratório, os pesquisadores catarinenses e professores de três universidades, entre elas, uma da Rússia, descobriram os detalhes anatômicos das asas, do corpo e das patas dessas baratas e concluíram que elas mediam de cinco a sete centímetros, em média, e tinham outras características parecidas com as das baratas que conhecemos atualmente.  A presença de fósseis em nossa região já é conhecida desde o início do século XX. Este material está no Centro Paleontológico da Universidade do Contestado (Cenpaleo).

“Embora fosse um mar, que a gente chama um mar continental, como é o Mar Negro hoje, em cima do continente, existiam bordas com florestas, insetos e outros animais. Esses insetos voavam perto da água, eventualmente caíam, morriam, acabavam afundando nesse corpo d’água e eram recobertos por lama. Com o passar de milhões de anos, essa lama se tornou rocha. Hoje, a gente consegue, quebrando essas rochas achar esses fósseis e ver uma fotografia do passado”, explicou o professor e geólogo Luiz Carlos Weinschütz, pesquisador da UnC de Mafra.

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