Funcionários públicos municipais receberão 1ª parcela do 13º salário até o dia 10 de julho
Após reunião com prefeito Wellington Bielecki, secretário da Fazenda e Planejamento anunciou que o pagamento da 1ª parcela do 13º salário será realizado até o dia 10 de julho, sendo necessários aproximadamente R$ 1,5 milhão, independente do repasse ou não da Câmara de Vereadores, onde na última sexta-feira tentou repassar apenas R$ 68 mil para o pagamento do décimo, o qual foi devolvido pelo secretário da Fazenda da Prefeitura, classificando a atitude do presidente da Câmara como “uma piada”
Há 9 anos - Atualizado em
Por Gazeta de Riomafra

Até o dia 10 de julho, a Prefeitura de Mafra estará realizando o pagamento da 1ª parcela do 13º salário dos funcionários públicos, trazendo alivio para o servidor que já estava apreensivo diante de um impasse que envolvia verba da Câmara de Vereadores a ser liberada para o pagamento do 13º. O prefeito Wellington Bielecki afirmou honrar com os compromissos firmados com funcionários públicos, nem que para isto, seja necessário realizar um empréstimo bancário.

Segundo o secretário de Fazenda e Planejamento, Enalto de Oliveira Gondrige, após reunião com o Bielecki na sexta-feira (10), o pagamento da 1ª parcela será realizada até o dia 10 de julho, sendo necessários cerca de R$ 1,5 milhão: “Em reunião com o prefeito ficou definido que a primeira parcela do 13º salário será paga agora no mês de julho” – apontou.

Bielecki afirma: “…efetuaremos o pagamento da 1ª parcela do 13º salário aos servidores até o dia 10 de julho, nem que para isso seja necessário fazer um empréstimo bancário” – disse. Além disso, o prefeito comenta sobre a injeção destes recursos no comércio local, momento em que afeta todo o estado com a atual crise econômica. “Serão cerca de R$ R$ 1,5 milhão fomentando o comércio da nossa cidade” – conclui.

Porém, sabe-se que tal atitude seria inconstitucional, não permitido as Prefeituras contraírem empréstimos, ainda mais para esta finalidade, pois o pagamento de funcionários é obrigação do município ter em caixa, já previsto para este fim.

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Polêmica

Aliados ao prefeito vêm constantemente, solicitando ao presidente da Câmara, Ednilson Schelbauer, há aproximadamente 20 dias para que viabilize a devolução antecipada de valores de dinheiro, os quais a Câmara não fosse utilizar neste semestre, para auxiliar o executivo no pagamento da parcela do 13º. No início do ano, segundo o executivo, Schelbauer disse que teria uma sobra de R$ 800 mil para que o prefeito pudesse resolver este impasse. Após isto, o presidente falou que o montante para dispor a esta finalidade seria em torno de 500 mil, porém alertou que a Câmara tem seus compromissos a saldar e que o executivo não poderia se basear e sobras de caixa da Câmara de Vereadores, sendo de exclusiva responsabilidade do atual prefeito a sanar problemas relacionados aos servidores públicos.

Além disso, teria dito que o dinheiro deveria ter usado para o bem comum do cidadão, citando como exemplo, o conserto de maquinário e suporte as subvenções às entidades filantrópicas, e frisou – não somente ao pagamento de salário e 13º.

Com isso, o secretário de Finanças da Prefeitura, Enalto Gondrige, contava com a devolução nos moldes anunciados por Schelbauer, mas foi remetido na sexta-feira (10), apenas um cheque no valor de R$ 65 mil, valor bem abaixo de R$ 1.400 milhões, “Uma palhaçada!” – exclamou Enalto, mostrando sua indignação, sendo devolvido o cheque a Câmara de Vereadores.

Hospital

Pedidos do Hospital São Vicente de Paulo já haviam sido feitos ao presidente, para que as sobras de caixa não fossem realizadas a Prefeitura, mas sim destinados ao hospital, para que cirurgias eletivas pudessem continuar sendo realizadas, como de catarata e vesícula, suspensas no início do mês devido à falta de pagamento pelo SUS. O presidente da Câmara disse na ocasião, ser solidário, mas que não poderia fazer o repasse do dinheiro como verba carimbada ao hospital. Que o montante seria destinado ao executivo e este faria jus ao seu destino.

No entanto, tramitam na Assembleia Legislativa normas de alteração da lei sobre a possibilidade dos poderes, incluindo Câmaras Municipais dispuserem de sobras de caixa para ajudar hospitais em crise financeira. A PEC é a primeira versão desse ponto, onde disciplinava a devolução dos recursos de todos os poderes ao Fundo Estadual de Saúde em 100%. Recentemente, outra proposta prevê o repasse por parte da Alesc, com cerca de 50 milhões de reais para ser distribuído em hospitais e outros 50 milhões no final do ano. A iniciativa da Alesc proporcionaria que a Câmara, em vez de ajudar o executivo no pagamento do 13º dos servidores públicos, fizesse o repasse direto ao HSVP. Porém sabe-se que esta PEC seria inconstitucional, onde os valores deveriam ser devolvidos ao executivo e não poderiam ser “carimbados”.

Schelbauer teria dito que repassou R$ 68 mil, pois era o único valor que o dispunha no momento, além disso, afirmou ter sido mal interpretado sobre o anúncio de liberação de valores maiores e que só neste ano já foram feitas quatro devoluções para a Prefeitura na ordem R$ 435.000,00.

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