O cenário no setor hospitalar de Santa Catarina enfrenta a pior crise da história, vários fatores levam a esta realidade, como a atraso no pagamento dos serviços prestados pelo SUS, tanto pelo governo federal quanto estadual, a defasagem da tabela de procedimentos, além da suspensão das cirurgias eletivas de mutirão. A dívida do governo do estado, junto a 47 hospitais pesquisados, chega a R$ 50 milhões. As entidades representativas do setor – Associação e Federação dos Hospitais de SC e Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos (AHESC-FEHOESC-FEHOSC), estão percorrendo o estado para chamar atenção da sociedade sobre a atual crise financeira das instituições e principalmente alertar as autoridades sobre os riscos da população, ficar sem atendimento. “A prioridade é mobilizar toda rede, se nada for feito há risco de pessoas morrerem por falta de atendimento”, destaca o presidente da AHESC, Atamiro Bittencout.
Na semana passada o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Gelson Merísio, anunciou a criação de um fundo para socorrer os hospitais, mas as entidades alertam que este é um paliativo, “continuamos mobilizados, se não forem realizados os pagamentos devidos, não descartamos a possibilidade de realizar paralisações de atendimento”, alerta Bittencourt.
Estarão presentes nos dois eventos, os presidentes da AHESC-FEHOESC-FEHOSC, Altamiro Bittencourt, Tércio Kasten e Hilário Dalmann, o presidente do SINDHOSP, Darci Ferreira da Costa Filho e o presidente do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Região do Contestado, Juliano Pereira, entre outros representantes das entidades hospitalares. Uma reunião foi realizada em Chapecó na semana passada onde discutiu-se a mesma questão.
Na edição do último sábado (04) a Gazeta publicou reportagem sobre a situação, bem como das cirurgias eletivas que estão canceladas inclusive no hospital São Vicente de Paulo de Mafra.