Dez Internas do Presídio Regional de Mafra começaram a fabricar roupas íntimas para atender parte da demanda das unidades localizadas no Planalto Norte Catarinense. Por mês, estima-se uma produção com cerca de 150 peças.
Viabilizada por meio do Projeto Costurando Uma Nova História, iniciativa da unidade prisional que conta com apoio do Conselho da Comunidade da Comarca de Canoinhas, a oficina foi inicialmente criada para fazer pequenos reparos nos uniformes dos apenados. Com as sobras de tecidos e se utilizando das máquinas disponíveis na unidade, as internas começaram a confeccionar as primeiras peças. “Como elas já tinham experiência decidimos ampliar o projeto e, nesta semana, o Conselho fez a doação de tecidos e uma nova máquina de costura”, disse o gestor do Presídio Regional de Mafra, o agente penitenciário Helton Neumann Leal.
De acordo Helton Neumann Leal, a atividade laboral é melhor caminho para a reabilitação social e econômica das internas. “Este trabalho propicia uma nova expectativa de vida para as internas e colabora com a manutenção da disciplina na unidade”. Ele destacou que durante o período de privação de liberdade as detentas estão sendo capacitadas e, quando egressas do sistema prisional, terão mais condições de retomar suas vidas com mais dignidade. “A capacitação profissional do apenado contribuiu ainda para a redução dos índices de reincidência no sistema, além da remição de pena”, observou Helton.
O Secretário de Administração Prisional e Socioeducativa (SAP), Leandro Lima, enfatizou que a atividade laboral é o caminho para a reabilitação social e econômica dos apenados, além de ser uma estratégia de segurança. “As pessoas que estão privadas de liberdade vão retornar para a sociedade e todos os operadores do sistema prisional catarinense estão trabalhando para que elas tenham condições de retomar suas vidas. O sistema prisional deve oferecer ensino, trabalho e capacitação profissional aos apenados”, disse Leandro Lima.
No dia 16 de março, em função da pandemia provocada pela Covid-19, a atividade laboral foi suspensa em todas as unidades prisionais e, desde o dia 15 de junho, as oficinas de trabalho estão sendo reativadas com 25% de sua capacidade e respeito às normas sanitárias.