As Prefeituras catarinenses terão 30 dias, a partir desta segunda-feira, 5, para questionar os números provisórios do Ãndice de Participação dos MunicÃpios (IPM) que serão repassados em 2018. As projeções, publicadas pela Secretaria de Estado da Fazenda na última sexta-feira, 2, no Diário Oficial, levam em conta o movimento econômico de cada cidade em 2016.
O ranking dos maiores IPMs não mudou: Joinville, ItajaÃ, Blumenau, Florianópolis e Jaraguá do Sul continuam na liderança, apesar de terem perdido participação nos repasses que serão realizados ao longo de 2018. Do outro lado, entre as cidades com maior incremento no IPM, estão aquelas cuja economia é baseada na atividade agrÃcola e agroindustrial. Nesta lista estão Ponte Alta, Nova Erechim, Imbituba, São Joaquim e Timbó Grande.
Na região São Bento do Sul continua com folga na primeira posição e Mafra continua na segunda colocação com o valor adicionado de R$ 1.121.904.091,69 com projeção de crescimento de 0,5834928 para 2018. A partir daà acredita-se que Mafra dará um grande salto, após a instalação da Kromberg & Schubert, se aproximando da primeira colocada.
Os municÃpios podem impugnar os Ãndices via internet. Os pedidos serão julgados entre julho e agosto. Caso não concordem com a decisão, os administradores municipais ainda têm a alternativa de recorrer ao colegiado, do qual participam dois representantes das prefeituras e dois da SEF. “É importante destacar que todos os municÃpios terão a oportunidade de contestar os Ãndices provisóriosâ€, explica o coordenador da apuração do IPM, o auditor fiscal Ari Pritsch. O IPM definitivo e que será aplicado ao longo de 2018 deve ser publicado no final de novembro.
Confira o Ãndice e a posição dos municÃpios da região:
MAIORES IPMs
– Joinville, apesar de outra queda, continua sendo o municÃpio com maior Ãndice do Estado, com 8,60%. O decréscimo de 5,3% projetado para 2018 representa cerca de R$ 20 milhões a menos no ano que vem.
– Itajaà tem o segundo maior IPM (7,02%), mas também perdeu participação (queda de 1,8%). As projeções mostram que o municÃpio deve receber cerca de R$ 5 milhões a menos em 2018.
– Blumenau aparece em terceiro entre os maiores IPMs do Estado, com participação de 4,81 % (queda de 1,5%). O impacto é de menos R$ 3 milhões para o próximo ano.
MAIORES CRESCIMENTOS
– Araquari teve o maior incremento no Ãndice (31%), passando dos atuais 0,69% para 0,91% – efeito BMW e Hyosung. Serão cerca de R$ 9 milhões a mais no caixa do municÃpio em 2018.
– Ponte Alta do Norte teve o segundo maior crescimento (20%). O número é atribuÃdo ao desempenho no abate das florestas. Confirmados os Ãndices, serão R$ 700 mil extras nos cofres do municÃpio em 2018.
– Em terceiro lugar, com crescimento de 18%, está Nova Erechim (R$ 1 milhão a mais em 2018). O número é atribuÃdo ao alto desempenho de uma agroindústria da região.
MAIORES QUEDAS
– Abdon Batista teve a maior queda (21%), com previsão de receber R$ 1,6 milhão a menos em 2018. O desempenho é consequência da normalização do faturamento da usina hidrelétrica instalada no municÃpio.
– Porto União teve queda de 13,1% (R$ 1,5 milhão a menos em 2018). O resultado é atribuÃdo à sazonalidade da extração de madeira.
– Jaraguá do Sul teve queda de 13,0% (R$ 17 milhões a menos em 2018), reflexo da retração da economia local.
COMO É FEITA A PARTILHA DO ICMS
Do total de ICMS arrecadado pelo Estado, 25% são partilhados com as prefeituras. Deste montante, 15% são distribuÃdos igualmente dividindo-se o valor entre o número total de municÃpios. Os 85% restantes são partilhados de acordo com o movimento econômico de cada cidade. A soma dos dois percentuais (15% / 295 + proporcionalidade do VA x 85%) resulta no IPM.