Foto: Rafael Vanderlinde
No último dia 30, durante a visita do governador Raimundo Colombo, deputados estaduais, presidente do Badesc, onde foi assinado a escritura pública e o termo de instalação em Mafra da empresa Master Agroindustrial e também o termo de instalação da empresa alemã Kromberg e Schubert e demais investimentos para pavimentação asfáltica, construção de Centros de Educação Infantil, um grande passo para a revitalização da terceira ponte na área urbana que ligará Mafra e Rio Negro foi dada, quando o presidente do BADESC (Banco de Desenvolvimento do Estado de Santa Catarina), José Cláudio Caramori anunciou e assinou contrato no valor de R$ 4 milhões, que servirá, em parte, para realizar a sua revitalização. O prefeito de Rio Negro, embora convidado não compareceu ao evento, porém, espera-se que Rio Negro, bem como o estado do Paraná faça agora sua parte e de sua contrapartida pra que essa tão importante obra se torne realidade.
A ponte a ser revitalizada, será a férrea já existente e desativada, localizada através da oficina da RUMO-ALL, no lado mafrense (atrás do Peri), que terá saída, nos fundos da escola Tia Apolônia no lado rionegrense, passando por cima avenida Rio de Janeiro. No seu projeto a princípio, consta que o trânsito será de mão única e fluirá no sentido de Rio Negro para Mafra, permitindo também a travessia de pedestres.
Essa terceira ponte desafogará o fluxo diário de veículos entre as duas cidades e o custo da obra será dividido entre os municípios de Mafra e Rio Negro.
Na ocasião, o governador Raimundo Colombo afirmou que o momento é delicado para falar em obras, mas disse que a construção de uma ponte entre Mafra e Rio Negro não requer muitas despesas e que iniciativas dos dois prefeitos em questão precisam ser valorizadas, sendo assim, o governo catarinense está disponibilizando verbas para estudos neste sentido.
Foto: Everton Lisboa (Click Riomafra)
O jornal Gazeta de Riomafra, realizou durante os últimos anos, várias reportagens demonstrando a grande necessidade da implantação de uma nova ponte na área urbana de Riomafra, pois a ponte cel. Rodrigo Ajace, conhecida como ponte nova, recebe enorme quantidade de tráfego, tanto de veículos quanto de pedestres, visto que a ponte velha, Assis Diniz Henning é limitada, tendo apenas uma mão e não comporta veículos de maior porte, como ônibus e caminhões. A parte mais agravante é que na área urbana a única via de acesso de Rio Negro a Mafra é a ponte Rodrigo Ajace que já tem quase 50 anos.
Segundo estatísticas do Departamento Estadual de Trânsito de Santa Catarina – DETRAN/SC e do Departamento Estadual de Trânsito do Paraná – DETRAN/PR, os dois municípios (Mafra e Rio Negro), abrangem uma frota de aproximadamente 56 mil veículos. Os quais são distribuídos pelas duas pontes centrais e em menor quantidade pela ponte engenheiro Moacyr Gomes e Souza, localizada na rodovia BR 116, conhecida como “ponte dos Peixinhos”.
Momento em que o presidente do BADESC, José Cláudio Caramori, assinava o contrato no valor de R$ 4 milhões, para realizar parte da construção da tão sonhada terceira ponte na área central entre Mafra e Rio Negro
A LUTA É ANTIGA…
Há várias décadas a população riomafrense cobra das autoridades uma terceira ponte na área central das cidades, porém, atitudes mais concretas, começaram apenas há alguns anos atrás, quando houveram mobilizações mais eficazes no cenário político em Florianópolis e em Brasília, quando a população de ambas as cidades exigiram uma atitude dos políticos locais.
Em 2012, Aguinaldo Velloso Borges Ribeiro, então Ministro das Cidades, havia autorizado o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes -DNIT a fazer levantamento sobre as condições técnicas da ponte Rodrigo Ajace e um estudo de construção de uma nova ponte entre os estados do Paraná e Santa Catarina. Esta mobilização, por parte do DNIT não ocorreu na época. Necessitava também de um laudo técnico de vistoria da ponte Rodrigo Ajace.
Já numa documentação encaminhada ao DNIT em 2012, engenheiros da Prefeitura de Mafra destacaram o fato da ocorrência periódica de grandes enchentes do rio Negro, o que segundo os técnicos traz danos físicos a ponte. De lá pra cá, uma nova enchente ocorreu em 2014 aumentando a preocupação de quem se locomove pela ponte de 48 anos de sua construção.
Em 11/03/2014, houve uma audiência pública em Rio Negro, encetando união entre as duas cidades, por parte dos poderes executivo e legislativo de Rio Negro e visando fazer um protocolo de intenções para firmar definitivamente o início da luta pela terceira ponte, onde ambos os municípios se mobilizariam para que haja a conscientização dos governos federal e estadual, afim de que seja elaborado um projeto de construção de uma nova ponte. Na ocasião houve a presença dos deputados federais, Mauro Mariani (SC) e João Arruda(PR), ambos do PMDB, que se comprometeram junto ao Ministério das Cidades para que houvesse a liberação de recursos, mediante o projeto. Porém neste tempo todo, porém, parece que a iniciativa ficou “adormecida” e desde então foram várias cobranças deste periódico sem resposta das autoridades, locais, estaduais e federais.