Mafra é a segunda cidade do estado com maior índice de violência doméstica contra a mulher

Por Gazeta de Riomafra - 16/03/2017

Na última semana, na quarta-feira (08), foi comemorado o Dia Internacional da Mulher, data instituída decorrente à greve feita por mulheres que trabalhavam numa fábrica de tecido, no ano de 1857, na cidade de Nova York. Além de reivindicarem melhores condições de trabalho e diminuição da carga horária, essas mulheres buscavam melhoria de salários. Naquela época os homens recebiam muito mais do que as mulheres. O movimento foi finalizado com violência, visto que a fábrica foi incendiada com as mulheres dentro.

E, hoje, no ano de 2017, as mulheres continuam reivindicando as mesmas pautas. Em nossa época ainda podemos ver as mesmas práticas de mais de 100 anos atrás, quando para muitos o mundo era um pouco medieval, ou será que o mundo hoje está voltando a ser medieval?!

Podemos apontar uma diferença daqueles dias para os dias de hoje que é o acesso a informação, onde todos os dias ficamos sabendo de novos casos de intolerância, desigualdade e o pior, violência. O que fazemos? Agimos muitas vezes com indiferença.

Além do que pela cultura consumista o Dia Internacional da Mulher está sendo tratado comercialmente como se fosse o Dia das Mães, Dos Pais, da Criança e o Natal. Estamos esquecendo o real significado da data.

Na Câmara de Vereadores de Mafra a importância do dia 8 de março não foi esquecido, a vereadora do PTB de Mafra, Claudia Bus usou a tribuna da Casa e disse que a data é de reflexão e apontou para o crescente número de mulheres mafrenses que são desrespeitadas e sofrem violência doméstica (espancamento).

Claudia citou que Mafra é a segunda cidade catarinense com maior índice de violência doméstica contra a mulher, segundo dados divulgados pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do Congresso Nacional em 2013, atrás apenas de Lages.

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Além disto, a vereadora afirmou que a luta continua, pois 13 mulheres são assassinadas por dia no Brasil de acordo com Mapa da Violência de 2015. Deste número, sete são vítimas por pessoas próximas, como marido, namorado. Também abordou a representatividade da mulher na vida política. Dados divulgados pela União Inter-Parlamentar indicam que de um total de 190 países, o Brasil ocupa apenas a 116ª posição no ranking de representação feminina no Legislativo.

“O Brasil está atrás de países do Oriente Médio. Sabemos como as mulheres são tratadas lá, precisamos mudar essa realidade”, explica Cláudia.

Para mudar a desigualdade de gênero, os vereadores e os funcionários da Câmara de Vereadores participaram da Moção de Apoio à Organização das Nações Unidas (Onu) em prol da campanha 50-50 para alcançar a igualdade de gênero e empoderamento de todas as mulheres e meninas.

Na mesma sessão, foi anunciada a moção de aplausos para Maria Narloch Zaine, conhecida como dona Nene, pelos serviços prestados ao comércio mafranse nos últimos 50 anos.  Convidada a compor a mesa diretoria, dona Nene deixou a mensagem que as pessoas não devem desistir dos seus sonhos e seus objetivos. Para ela, é essencial manter o pensamento positivo e lutar para superar os obstáculos.

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