Mafra volta a fazer cirurgias eletivas pelo SUS

Por Gazeta de Riomafra - 19/08/2016

Foi publicado pelo jornal Gazeta de Riomafra em junho, que o mutirão de cirurgias eletivas haviam sido canceladas em todo o estado incluindo também o município de Mafra, devido a histórica defasagem dos valores repassados pelo SUS aos hospitais, tendo em vista o atraso aos pagamentos e cancelamento do mutirão de cirurgias eletivas.

Cerca de 70% da população usuária do SUS no estado, atendidas nos hospitais filantrópicos, sofreram este impacto. Além destes, os trabalhadores destes hospitais também sentiram este reflexo, já que houve demissões e atrasos nos pagamentos dos funcionários.

O coordenador geral do Hospital São Vicente de Paulo, Dario Clair Staczuk, explicou a reportagem da Gazeta que a suspensão das cirurgias eletivas do SUS foi tomada em deliberação da CIB – Comissão Intergestores Bipartite através da deliberação 093/CIB/2016, de 12/05/2016, onde suspendeu a Campanha Estadual de Cirurgias Eletivas e do Aparelho de Visão de Santa Catarina, sendo encerrado o envio de cotas de AIH’s – Autorizações de Internações Hospitalares aos municípios, ficando impossibilitados de encaminharem os pacientes do SUS aos hospitais filantrópicos, o que impede que este tipo de atendimento seja realizado em hospitais filantrópicos.

Porém, na terça-feira dia 09/08, aconteceu uma reunião dos presidentes das associações dos hospitais do estado de Santa Catarina, junto ao secretário João Paulo, para que pudessem discutir assuntos relacionados aos valores atrasados, o qual se encontra desde dezembro de 2015 a julho deste ano, e as cirurgias eletivas suspensas em junho pelo estado, devido à falta de recebimento do mesmo.

O coordenador do Hospital São Vicente de Paulo disse que cerca de R$ 1 milhão e 500 mil reais é o valor que se encontra em atraso ao hospital, desde o mês de dezembro de 2015 a julho deste ano, implicando desta forma, no atendimento e rendimento destes serviços prestados a população. “Este atraso tem trazido muitas dificuldades no hospital, tanto nos materiais que precisam ser comprados, quanto ao pagamento da equipe médica. Porém, os mais prejudicados são os usuários do SUS, que precisam deste atendimento e não temos suporte para atendê-los†– disse.

Com esta preocupação, o mesmo disse que foi acordado com o secretário que todos os pagamentos serão regularizados até este dia 19 (sexta-feira), estando em contato permanente ao departamento financeiro para o recebimento deste valor. “Nós demos um voto de confiança e esperamos que o pagamento seja realizado para que maiores problemas não ocorram em nosso hospital.O objetivo desta reunião foi minimizar os impactos, entrando em acordo e aguardando a solução.†– ressalta.

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O dirigente comenta ainda, que os atendimentos já estão sendo realizados normalmente, onde as cirurgias, consultas e avaliações estão sendo reprogramadas de acordo com as condições do hospital, evitando assim, prejuízos a toda sociedade que necessita deste atendimento. “A fim de não gerar prejuízos a comunidade, as cirurgias, consultas e avaliações estão sendo reprogramadas para que possamos cumprir com todos os compromissos a população mafrense.†– comentou.

Comenta ainda, sobre o parecer favorável da proposta em utilizar as devoluções de valores da ALESC (Assembleia Legislativa do Estado) e do Judiciário, por exemplo, que sobram por mês, podendo desta forma, ser destinado à saúde, ajudando na solução do problema. “Serão cerca de R$ 106 milhões destinados a saúde, o que favorecerá muito para a regularização de todos os impasses financeiros que os hospitais apresentam atualmente.†– disse.

Dário não soube informar a quantidade de consultas e cirurgias que foram represadas durante este tempo, porém acredita que a demanda deverá ser normalizada no decorrer do tempo.

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