Mais do advogar em favor de Santa Catarina na questão do Contestado, Manoel da Silva Mafra, o homem que empresta seu nome a nossa cidade, teve uma trajetória profissional intensa, marcada por sua atuação jurídica e política:
Nascido em 12 de outubro de 1831 em Florianópolis-SC, Manoel era filho de Marco Antônio da Silva Mafra e Maria Rita da Conceição Mafra.
Bacharelou-se em direito pela Faculdade de Direito de São Paulo em 1855, sendo Promotor Público de São José entre 1855 e1857, Juiz Municipal e dos Órfãos em Florianópolis, advogou no Rio de Janeiro, foi Juiz de Direito em Pernambuco, Paraná e em Minas Gerais;
Foi Deputado na Assembleia Legislativa Provincial de Santa Catarina por 05 legislaturas (13ª, 17ª, 19ª, 22ª e 25ª), Presidente da Província do Espírito Santo de 1878 a 1879 e Ministro da Justiça em 1882, quando passou a ser conhecido por “Conselheiro Mafra”;
Foi ainda Juiz do Tribunal Civil e Criminal no Rio de Janeiro, função na qual passou à aposentadoria, ocasião em que voltou à advocacia, sendo nomeado em 1894 pelo Governado Catarinense Hercílio Luz, para defender Santa Catarina na questão de limites com o Estado do Paraná.
Faleceu em 11 de março de 1907, sem assistir ao desfecho da questão Contestada, mas deixando como contribuição, além de uma brilhante atuação nos tribunais, a obra “Exposição Histórico-Jurídica por parte do Estado de Santa Catarina”, base da defesa catarinense e vital para o ganho da causa a que se dedicou.