Os moradores do condomínio popular Ouro Verde (localizado na Vila Ivete em Mafra), passam por mais um momento delicado e de importantes decisões, apesar de apenas um ano e meio de existência desse conjunto habitacional. Eles mobilizam-se através de uma comissão de Sindicância, para destituir do cargo, o atual síndico, Luiz Carlos Durão e seu conselho deliberativo, a quem apontam de cometer uma série de possíveis irregularidades contábeis; além de não cumprir com nenhuma de suas promessas de campanha, (para melhorias no condomínio) e por se recusar constantemente a prestar contas junto aos moradores, de suas atividades financeiras; além de contratações de serviços com pagamentos duvidosos e sem transparência, entre outras situações.
ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA
Na noite do último dia 28, os moradores reuniram-se em assembleia geral extraordinária, para deliberar sobre as formas legais de destituição do síndico do cargo, que ocupa há cerca de cinco meses. Aproximadamente 100 moradores compareceram a assembléia, (e desses, 66 titulares com direito a voto, votaram a favor da saída do síndico e assinaram o livro ata e o edital de convocação da assembleia).
Curiosamente, o síndico Luiz Carlos além de não comparecer a assembléia para se defender, segundo alguns presentes, teria ainda negado as chaves do salão de reunião, aos moradores para realizar a assembleia, (que segundo eles, só conseguiram realizar a assembléia no local, porque alguém esqueceu de trancar uma porta dos fundos). Mesmo sendo previamente informado a comparecer e tendo espaço e minutos garantidos, pra proferir a sua defesa publicamente, Luiz Carlos Durão, não compareceu á assembléia. Ele apenas encaminhou aos moradores, uma lista – resumo (não detalhada de despesas referentes apenas ao último mês de fevereiro e algumas cópias de recibos de compras e de pagamentos, (onde em apenas um desses recibos, consta o carimbo com CNPJ do condomínio).
Entre os membros da Comissão de Sindicância formada para analisar os atos administrativos do atual síndico, estão os moradores: Gilmar Maiorki Ribeiro; Jorge Luis Mira, Paula Antunes, Carla Elaine da Silva e Mayara Fagundes, (eleita para presidir a assembléia), entre outros. A colheita de assinaturas no edital de convocação e no livro ata, manifestando o desejo dos condôminos do Ouro Verde, em destituir do cargo Luiz Carlos Durão e os membros de seu conselho deliberativo, foram os primeiros passos da comissão de sindicância para concretizar esse fato. O caso deverá ser encaminhado ao Ministério Público da comarca de Mafra, onde possivelmente o desfecho do caso poderá ocorrer na justiça local caso o atual sindico se negue a renunciar ao cargo.
PROBLEMA AGRAVOU-SE DURANTE A SEMANA
Durante a semana a situação agravou ainda mais no residencial, fossas acabaram estourando e os condôminos não tem dinheiro, visto que durante a semana houve um audiência na vara do trabalho, onde foi determinado o bloqueio da conta bancária na Caixa Econômica do condomínio na ordem de R$ 11.826,00, referente uma ação trabalhista de um funcionário que alegava não ter recebido os salários de novembro e dezembro/2016 e parte de fevereiro e teria sido demitido sem justa causa, sem aviso prévio e sem ter recebido as verbas rescisórias e FGTS. Tal situação gerou ainda mais revolta por parte dos moradores, alegando que tal demanda e condenação ocorreu por má administração e falta de zelo do atual síndico.
O jornal Gazeta de Riomafra tentou ouvir o sindico Luiz Carlos, porém até o fechamento desta matéria não foi possível.
SOBRE O RESIDENCIAL OURO VERDE
O Condomínio Ouro Verde consta de 240 casas construídas com recursos do Programa Minha Casa Minha Vida (faixa 1), no bairro Vila Ivete, próximo ao Colégio Tenente Ary Rauen. São casas de 45 m², construídas em uma área de 26 mil m². É destinado às famílias com renda até R$ 1.600,00. Os valores das prestações variam de R$ 25,00 a R$ 80,00 e o valor total do imóvel é de R$ 60 mil. As famílias beneficiadas pagão no máximo R$ 9.600,00 do total, sendo que o restante será subsidiado pela Caixa Econômica Federal. A execução da obra durou 24 meses e o terreno foi doado pela Prefeitura de Mafra. As chaves foram entregues aos moradores, a cerca de um ano, em 28/04/2016.