O historiador e fundador e líder do movimento O Sul é o Meu País, Celso Deucher, palestrou em Canoinhas no dia 20 no auditório da Fammelan
O movimento “O Sul é o meu país” encaminhou a Câmara de Vereadores de Mafra, uma solicitação para abertura do espaço público na casa Legislativa, para que possam realizar um evento a população mafrense para o lançamento do livro “O Sul é o meu país” no próximo dia 25 (quinta-feira), às 19h30min, além de apresentar o tema à população mafrense. Neste evento, serão avaliadas as possibilidades pacíficas e plesbicitaria de tornar o Sul brasileiro um território livre e independente.
Em reunião na sessão ordinária, o presidente da Câmara disse que estará avaliando o pedido do movimento para liberação do espaço público na casa legislativa, onde os mesmos estarão se manifestando sobre a liberação do espaço ao movimento nos próximos dias.
Cidades vizinhas como Canoinhas, já cederam o espaço para o movimento explanar seus objetivos demonstrando ser um ato pacífico.
Saiba o que é o Movimento O Sul é o Meu Pais
Desde julho de 1992, o Movimento Separatista que começou no Sul, movimenta gaúchos, catarinenses e paranaenses em defesa da realização de um plebiscito, para saber se as populações dos três Estados da região aceitam se separar do Brasil para formar um novo país no continente Sul-Americano, o que se dará em outubro próximo, com as eleições municipais. Esta ideia surgiu em 1836 com a Revolução Farroupilha, cujo objetivo foi transformar o Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná na República do Piratini, entre o Uruguai e o Brasil.
O movimento Farroupilha ainda é comemorado pelos gaúchos no dia 20 de setembro, principalmente nos Centros de Tradições e cantam o Hino Rio-grandense em lugar do Hino Nacional Brasileiro.
O movimento separatista do Triângulo Mineiro também já foi mencionado através de publicações, propondo separação desta região do Estado de Minas Gerais. Porém, este é um movimento que não defende a separação do Triângulo da Federação brasileira, ao contrário do movimento do Sul que deseja criar um novo país, independente do Brasil.
A “Guerra do Contestado” também eclodiu um movimento separatista e de tendência monarquista no estado do Paraná e Santa Catarina, onde, em 2006, o movimento separatista do sul ressurgiu com força em um congresso regional na cidade de Brusque.
Este movimento possui um estatuto registrado e aprovado em Assembleia Geral de seus membros que dizem estar garantidos pela Lei de Registros de Pessoas Jurídicas. Ele se baseia no conceito de autodeterminação dos povos e, segundo os defensores da separação do Brasil, não é um partido político, mas um movimento popular legítimo.
Celso Deucher é o historiador e fundador do movimento O Sul é o Meu País, onde palestrou na quarta-feira dia 20/07 em Canoinhas.
Durante o evento, ele explicou as diretrizes do movimento, que nasceu da indignação com os sucessivos planos econômicos frustrados da retomada da democracia. Deucher disse ainda, que o movimento quer respeitar a Constituição Brasileira e que o caminho separatista a ser seguido é o legal. Tanto que no dia 2 de outubro, paralelo à eleição municipal, será realizado um plebiscito consultivo, uma espécie de consulta informal com 5% dos eleitores do Sul para saber a opinião dessas pessoas sobre a separação do Sul. O resultado dessa consulta será levado a órgãos internacionais em busca de apoio. Membros do movimento em Canoinhas devem fazer a consulta em locais de votação estratégicos da cidade. Deucher falou ainda sobre o argumento de contrários ao movimento que o acusam de xenófobo. “Isso é uma bobagem. Nós mesmos somos estrangeiros. Viemos da Europa, da Ásia… Quem mora aqui é cidadão daqui” – comentou.
Existe um setor minoritário dos gaúchos defende o separatismo que estarão participando de uma votação no mesmo dia das eleições municipais, 2 de outubro, onde será respondida a pergunta: Você quer que o Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do sul formem um país independente?
Para esta votação, estão sendo convidados a votar em um plebiscito consultivo, eleitores do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Paraná.
O movimento tem como objetivo, alcançar uma meta mínima de 1 milhão de votantes, ou aproximadamente 5% (cinco por cento) dos eleitores dos três estados do Sul. Seus integrantes acreditam que o plebiscito realizado no Reino Unido vai fortalecer o que será realizado no sul do país.
Na convocação para o plebiscito se diz que “o Povo Sulista nunca teve a oportunidade de votar se gostaria, ou não, de continuar sendo brasileiro”. Informa ainda, que com esse será feita uma declaração pública para ingressar com uma representação nos fóruns internacionais e mesmo em Brasília, solicitando serem ouvidos de forma oficial, através de um plebiscito, como fez a Escócia recentemente e fará a Catalunha.
Organizado em 1191 municípios, possui bandeira, Declaração de Direitos e quase um milhar de seguidores em redes sociais. Acima, a bandeira do novo país.
Na página no movimento na internet (http://plebisul.org) explica-se que o “objetivo principal do Plebiscito que vai consultar a população dos três estados do sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, sobre as possibilidades pacíficas e democráticas de se criar um novo Estado no âmbito internacional, é gerar com seu resultado uma declaração pública inequívoca se o Povo destes estados deseja, ou não, se tornar um país independente”.