A Guarnição Especial de Mafra (Gemfa) concluiu o inquérito que apurava os fatos da ocorrência policial do dia 19 de fevereiro, quando durante a ação, a costureira Silvana de Souza, 39 anos, moradora do bairro Jardim Novo Horizonte em Mafra, teve a perna quebrada, um corte no nariz e sofreu hematoma em um dos olhos, quando estava sendo conduzida à uma viatura.
O fato foi gravado e o vídeo postado na internet semanas depois, acabou viralizando imediatamente. Deixou a população indignada e foi assunto nos principais veículos de comunicação da cidade e do estado, chegando a ser citados nas redes sociais de algumas personalidades que defendem os direitos da mulher como a deputada federal pelo Rio de Janeiro Jandira Feghali.
Na investigação a PM apurou se aconteceu excesso dos policias durante a ocorrência, onde na gravação um dos policiais, aparentemente sem necessidade, usou de força excessiva jogando a mulher contra o chão, quebrando uma de suas pernas. Ela estava sendo presa por desacato.
A conclusão do inquérito diz que não houve transgressão disciplinar por parte dos policias que atenderam a ocorrência, apontando para a inocência dos policiais militares envolvidos.
Silvana recebeu a informação da conclusão do inquérito com surpresa, ficando inconformada com o resultado. Ela esperava uma punição aos policias. A costureira teve que passou por cirurgias, colocação de vários pinos na perna e alega que não pode trabalhar, segunda ela, foram 30 dias deitada, cirurgia para colocação de 13 pinos na perna para corrigir a fratura, “Já estou podendo andar um pouquinho melhor, mas ainda com bastante dificuldade, fiquei cinco meses sofrendo”, contou.
A PM encaminhou o relatório do inquérito para a justiça militar. O Ministério Público de Santa Catarina tem até o dia 20 de junho para se manifestar. O MP pode aceitar o pedido de arquivamento, solicitar novas investigações ou ainda denunciar os policiais.