Prefeitura de Mafra decreta estado de emergência e cancela aulas no município
A decisão visa proteger a integridade dos alunos que utilizam os ônibus escolares. Recentemente foram realizadas melhorias nos pontos críticos das estradas, porém a enorme quantidade da chuva tem prejudicado a recuperação das vias.
Há 9 anos - Atualizado em
Por Gazeta de Riomafra

Na manhã desta sexta-feira (04), foi realizada uma reunião com os diretores das escolas da rede estadual e municipal de ensino, para tratarem do encerramento antecipado do ano letivo deste ano. O decreto de estado de emergência (número 3893 de 23 de novembro de 2015,) deve-se à impossibilidade do trânsito dos ônibus escolares pelas estradas do interior, por consequência das chuvas ininterruptas que assolam Mafra e região desde o início de setembro, totalizando 88 dias. O cancelamento se estende também às escolas da rede estadual por força do convênio do transporte escolar com o município.

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Durante a reunião, o prefeito de Mafra, Wellington Bielecki, acompanhado dos secretários municipais, Estela Maris Bergamini Machado (Educação) e Jonas Heide (Obras e Agricultura), explicou que mesmo com a manutenção feita recentemente nos pontos mais críticos das estradas, a grande quantidade de chuva tem criado novas vertentes e assim o trabalho realizado pela prefeitura não consegue ter o progresso esperado. Mesmo com a intensificação dos trabalhos nos pontos críticos por onde passam as linhas escolares, estes não surtem efeito, devido ao acúmulo da água e vertentes que se criam nos diversos pontos das estradas”, salientou.

Segundo a secretária da Educação, esta medida visa proteger os alunos de um risco iminente de possíveis acidentes que poderiam ser causadas pelo estado que a estrada se encontra atualmente. O prefeito reitera que mesmo com a manutenção feita recentemente nos pontos mais críticos, a chuva “Optamos por encerrar o ano letivo nesta sexta-feira em detrimento desta situação, na qual fica impossível o transporte escolar que passa pelas estradas rurais. O ano curricular já foi cumprido e os alunos não serão prejudicados, pois estão nas provas finais”, disse. O prefeito completou dizendo que “não é por falta verbas, de maquinário, pedras, mão de obra ou combustível, que a Prefeitura não tem conseguido fazer a manutenção das estradas, mas pela impossibilidade gerada pela constância do tempo chuvoso”.

Ao todo, são 46 ônibus que trafegam do interior à zona urbana diariamente. Estela explicou que o encerramento precoce das aulas afeta somente as escolas estaduais e municipais que utilizam essas linhas de transporte escolar. Creches e escolas da zona urbana que não o utilizam, não serão afetadas por esta medida, cumprimento normalmente o calendário escolar.

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O prefeito e a secretária falaram na reunião que estiveram na quinta-feira (03), no Ministério Público e expuseram à Promotoria de Justiça, o quadro atual do município, o qual está embasado no decreto nº. 3893, de 23 de novembro de 2015 (declara situação de emergência, nas áreas do município afetadas por tempestade local/conectiva – chuvas intensas). A promotoria por sua vez, sinalizou apoio à decisão do executivo. Wellington tranquilizou os diretores das escolas estaduais, caso estes sejam cobrados pela Secretaria Estadual de Educação, quanto ao encerramento precoce do ano letivo e justificou que dará apoio aos mesmos, fornecendo o decreto e auxiliando no que mais precisarem quanto à documentação comprobatória. “Agradeço a presença de todos e espero que compreendam que esta situação atípica faz com que tomemos medidas emergenciais, e principalmente protetivas aos nossos alunos”.

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