Professores Efetivos e Admitidos em Caráter Temporário – ACTs, além de profissionais do setor administrativo da educação, entre motoristas, técnicos e pessoal da limpeza, envolvendo cerca de 400 pessoas, participaram de mais uma edição do projeto Arqueiro, nos dias 22, 23 e 24 de julho, no acampamento Moriah, em Mafra. Foram momentos de muita reflexão sobre a função enquanto educadores, quando responderam ao convite para fazerem a diferença na vida das crianças e jovens com os quais trabalham. Em paralelo, em dias alternados, os professores também participaram de formações tanto para educação infantil como ensino fundamental. Esses períodos acontecem sempre no início e no meio do ano e visam a preparação dos professores e funcionários para o ano letivo.
O tema dessa terceira edição do projeto “O Arqueiro” foi “Identidade”, por meio do qual o palestrante Joel Pavan incentivou aos profissionais para que comecem o 2º semestre fazendo uma reflexão sobre a própria identidade, buscando onde está o melhor de cada um. “Que vocês possam questionar o porquê fazem o que fazem ou se o jeito de cada um é o melhor jeito que pode ser”, afirmou. Também participou do encontro o missionário peruano José Napanga, que divulgou a cultura de seu país, o Peru, reforçando o tema apresentado e enfatizando a importância das raízes culturais. Utilizando instrumentos musicais tradicionais da sua cultura, apresentou diversas canções, além de explicar particularidades do idioma quéchua, dos Incas, ainda preservado. Como mensagem, disse que “ainda há esperança” e pediu aos professores que não desanimem com as circunstâncias “pois serão sempre guardados por Deus, que vai sustentar suas raízes”.
RENOVANDO ÂNIMOS
A secretária de Educação, Estela Maris Bergamini Machado, falou da importância do projeto para revigorar o ânimo e o espírito dos professores e funcionários que trabalham muitas vezes 8 horas por dia com cerca de 6 mil crianças e adolescentes. “O Arqueiro propõe a renovação das quatro dimensões da natureza humana – física, espiritual, intelectual e emocional – que devem ser exercidas com regularidade e de forma equilibrada”, explicou enfatizando ser uma oportunidade enriquecedora para todos, sendo “um dia diferente de introspecção, atividades cooperativas e de vencermos nossas limitações físicas e emocionais”.
As repercussões dos três dias do Arqueiro foram muito boas. A professora de Artes, efetiva da rede municipal de ensino, que trabalha na escola Mario de Oliveira Goeldner, Nilce Marinho, disse que gostou muito do dia que participou do projeto. “Essa é a segunda vez que participo e gostei muito. São muito bons esses momentos, que nos preparam para a volta às aulas e nos fazem refletir como está nossa vida profissional”, declarou.
As professoras ACTs Mayara (Inglês), Diulia (Educação Física) e Carla Tatiana (Artes) que atuam nas escolas Ana Rank e Avencal do Saltinho foram unânimes em afirmar que, de todas as capacitações que já fizeram, essa foi a que se destacou como a melhor. “Foi diferente e mais participativa, que fez a gente esquecer a rotina e sairmos do automático”, declararam.
APROXIMAÇÃO COM COLEGAS
O motorista Leandro Inácio de Oliveira achou muito legal, interativo e educativo. Foi a primeira vez que participou e gostaria que se repetisse sempre que possível. “A gente também trabalha e interage com os alunos e por isso temos que saber lidar com eles em razão da nossa responsabilidade, além de interagirmos também com os professores”, declarou destacando que esses encontros aproximam os colegas de trabalho e incentivam a troca de conhecimentos.
A mesma opinião de que foram momentos importantes e que possibilitaram muita reflexão foi compartilhada pela professora de Educação Física, ACT na escola Anjo da Guarda, Tatiane Moreira. Ela está em Mafra desde janeiro desse ano, vindo do interior de São Paulo e disse que em três anos de atividade nunca vivenciou um momento como esse, nem enquanto aluna ou como professora. “Foi um momento de aprendizagem e acolhimento muito bons”, declarou.