Começou a ser resolvido o problema do cemitério de vagões existente na rua Pedro Kuss, praticamente no centro de Mafra, cujo estado de deterioração e abandono estava causando transtornos tanto para os moradores das proximidades, quanto para a Secretaria Municipal de Assistência Social – que hoje atende na antiga estação ferroviária, principalmente em relação à falta de segurança e saúde pública – pois vinham acumulando água parada, em tempos de Dengue, Febre Chikungunya e Zika vírus.
A solução vem sendo tratada há cerca de três meses, quando foi iniciada ação para revitalização da rua em questão, após reunião entre representantes Prefeitura de Mafra/Secretaria da Assistência Social, Ministério Público, Rumo/ALL, DNIT, Polícia Militar e ANTT. A reunião foi provocada pelas manifestações de insegurança feitas pela Secretaria de Assistência Social ao Ministério Público Federal, uma vez que a mesma, funciona hoje em prédio cedido pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte – DNIT, anexa a um pátio onde a Rumo/ALL deposita os vagões inservíveis. “Nossa Secretaria já foi arrombada por várias vezes e o local não possuía qualquer iluminação pública, ficando às escuras à noite, o que propiciava a utilização dos vagões até como local para esconder objetos de furtos”, explicou a secretária da pasta. Ela falou ainda dos problemas em relação à água que fica parada nos vagões, podendo criar focos de proliferação do vírus Aedes Aegypti e Zika.
Providências executadas
Na tarde da última quarta-feira, 9, nova reunião aconteceu nas dependências da Secretaria de Assistência Social, quando foram conferidas se as providências solicitadas na reunião anterior, pelo Ministério Público Federal às entidades responsáveis haviam sido cumpridas. Em relação à retirada dos vagões inservíveis, já foram removidos 37, faltando outros 26. Segundo informações do coordenador da oficina da Rumo/ALL em Mafra, Rodrigo Pacheco de Oliveira, o trabalho poderá ser concluído até o final desta semana.
Outras providências solicitadas diziam respeito à iluminação pública e à realização de constantes rondas policiais, ambas devidamente cumpridas, segundo a Secretária Kátia. Demais solicitações demandam mais tempo para execução. Dentre os resultados verificados após as providências tomadas, relativas à primeira reunião, foi destacado que não houve mais nenhuma ocorrência de arrombamento e furtos no prédio e observou-se o aumento da sensação de segurança para pedestres e moradores dos arredores. O Procurador Federal, Rui Rucinski destacou que foi observada por parte das entidades envolvidas a boa vontade para solucionar o problema. “É possível que daqui há alguns anos tenhamos um equacionamento do problema, desde que saibamos que as ações estão caminhando”, afirmou.
NOVA TAREFA
A segunda reunião teve ainda como resultado uma nova “tarefa”: verificar se a linha da rua, em paralelo à linha férrea, está arrendada para a Rumo/ALL ou não. A importância de se verificar quem é o gestor da linha da rua foi justificada para se cogitar sobre a doação da mesma para o município, como forma de revitalizar aquela via. Em paralelo o município deverá solicitar, à entidade competente, a destinação da área em questão e dos trilhos lá instalados.
Da parte do DNIT houve manifestação do interesse em doar em definitivo a área – a parte do que pertencer ao Departamento – para a Prefeitura de Mafra, devendo aguardar que seja apontado o que se deseja revitalizar, para poder dar início à elaboração de todo o processo de doação.
Participaram da reunião o prefeito Wellington Bielecki, o procurador da República, Rui Rucinski, a analista do MPU, Scheila Schonardie, a secretária de Assistência Social, Kátia Saliba, as advogadas da empresa Rumo/ALL, Assíria Masetti e Camille Zielonka, o coordenador da oficina da ALL em Mafra, Rodrigo Pacheco de Oliveira, o representante do comando da Guarnição Especial da Polícia Militar em Mafra, tenente Márcio e o chefe do DNIT de Mafra, Jeferson Bitencourt.
Concordo plenamente, nada adianta esconder as sucatas é necessário dar um fim consciente para os mesmos sem prejuízo para a natureza, pois o estrago já foi feito. É uma pena também que a exemplo de outras cidades, ainda não revitalizaram a via férrea para passeios turísticos revitalizando assim a Estação, um local de muitas histórias de encontros, desencontros, chegadas e partidas. A vida em movimento sobre os trilhos.
Agora so falta retirar os 300 e tantos da linha do porto. O que adianta tira de um lugar e coloca onde a populaçao nao pode ver…. ALL ja acabou com tudo o que era bom da ferrovia so quem trabalhou ou trabalha para saber o tamanho do abandono.