A Secretaria Municipal de Saúde faz uma alerta a toda população que convive com animais domésticos (cães e gatos), domiciliados (bovinos, equinos, ovinos, caprinos, etc.) ou silvestres (morcegos e gambás). Esses animais, se infectados pelo vírus da raiva, podem transmitir a doença ao ser humano. A transmissão acontece quando a saliva do animal infectado entra em contato com a pele ou mucosa por meio de mordida, arranhão ou lambedura do animal. Em Mafra, em 2017 foram notificados pelas unidades de saúde 199 acidentes antirábicos e até março deste ano outros 31 casos.
NOTIFICAÇÕES
Nem toda pessoa que é mordida por animais procura atendimento médico, o que resulta em subnotificações de casos. Segundo a enfermeira da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde, Francesli Pereira, o comum é a pessoa fazer os cuidados em casa, sem se preocupar com possíveis consequências. “É importante que quem foi agredido por um animal, procure a unidade de saúde mais próxima ou a UPA, que realizará o primeiro atendimento da pessoa agredida. Será analisado o tipo de agressão – leve, moderada ou grave e as características do acidente – data, local e condição do animal agressor”, explicou. Ela reforça dizendo que as respostas são de extrema importância para determinação da conduta para profilaxia pós-acidente. “Se a pessoa irá tomar vacina ou soro, quantidade e número de doses”.
OBSERVAÇÃO DO ANIMAL
Além de procurar atendimento médico para avaliação do paciente, é fundamental que se acompanhe o estado de saúde do animal doméstico (cão ou gato), mesmo o vacinado. “Deve-se verificar se o animal é observável – um animal conhecido, de família, vacinado – ou não – de rua, desaparecido ou morto. Saber se o animal está sadio ou doente. Isso vai delimitar melhor a conduta a ser aplicada no paciente. Se o animal continuar sadio, não há perigo. Se o animal morrer, desaparecer ou apresentar sintomas de raiva, o paciente deve voltar imediatamente ao serviço de saúde ”, lembrou a enfermeira.
FUI AGREDIDO POR ANIMAL. E AGORA?
A Vigilância Epidemiológica orienta que ao ser agredido por animal, mesmo se ele estiver vacinado contra raiva, deve-se lavar imediatamente o ferimento com água e sabão e procurar com urgência o serviço de saúde mais próximo. Além disso, não matar o animal (cão e gato), mas deixá-lo em observação durante 10 dias, para que se possa identificar qualquer sinal indicativo de raiva. O animal deverá receber água e alimentação normalmente, em um local seguro, a fim de não fugir ou atacar outras pessoas ou animais. “A observação é uma medida importante para a condução do caso”, lembrou a enfermeira, que ainda fez um último alerta, dessa vez para um animal silvestre – no caso, morcegos. “O risco de transmissão do vírus da raiva por morcego é sempre elevado, independente da espécie e gravidade do ferimento, então, toda agressão por morcego deve ser classificada como grave. A pessoa também pode entrar em contato com a CIDASC que tem o serviço de Defesa Sanitária Animal – Controle da Raiva e Vigilância para Encefalopatias Transmissíveis”.
PREVENÇÃO É A MELHOR ATITUDE
Algumas medidas simples podem prevenir agressões por animais. Portanto evite:
– Tocar em animais estranhos, feridos e doentes;
– Perturbar animais quando estiverem comendo, bebendo ou dormindo;
– Separar animais que estejam brigando;
– Entrar em grutas ou furnas e tocar em qualquer tipo de morcego (vivo ou morto);
– Criar animais silvestres ou tirá-los de seu habitat natural;
– O contato com a saliva de animais doentes, através de mordeduras, arranhões ou lambeduras.
Para mais informações entre em contato com a ESF do seu bairro ou na Vigilância Epidemiológica (anexa ao ESF Central).