Saúde de Mafra está reestruturando serviço de atendimento ao paciente com Hanseníase

Por Gazeta de Riomafra - 06/09/2018

A Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde de Mafra visando a prevenção da hanseníase – doença infectocontagiosa e transmissível que afeta os nervos e a pele especialmente as regiões da face, braços, mãos, pernas e pés – está reestruturando o serviço de atendimento ao paciente. Nesta ação, estão sendo chamadas todas as pessoas que já tiveram a doença e também os conviventes para reavaliação – se continua doente, se houve cura ou se há alguém doente na família. De acordo com o enfermeiro Márcio Fábio, no município, 160 pessoas já se trataram e, portanto, estão sendo chamadas a comparecer na unidade de saúde mais próxima ou na sede da Vigilância Epidemiológica. “O tratamento é medicamentoso, mas é muito importante o acompanhamento do paciente após a cura, bem como de seus familiares e demais pessoas que tenham tido contato direto. A detecção precoce é a melhor forma de prevenção”, disse. Ele também alertou que “muitos pacientes não descobrem ou desconfiam que tem a doença, pois o período de incubação é de dois a sete anos, por isso a importância do acompanhamento”.

TRANSMISSÃO E SINTOMAS

A transmissão da hanseníase é causada pela bactéria Mycobacterium Leprae, também conhecida como Bacilo de Hansen. É transmitida pelas vias aéreas superiores, no contato direto com o paciente (convivência diária). Os principais sintomas são manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou pardas em qualquer parte do corpo, com perda ou alteração da sensibilidade; dor e sensação de choque, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços e das pernas; inchaço de mãos e pés; diminuição da força dos músculos das mãos, pés e face devido à inflamação de nervos que, nesses casos podem estar engrossados e doloridos. De acordo com o Ministério da Saúde, o SUS disponibiliza o tratamento poliquimioterápico (PQT), recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é a associação de rifampicina, dapsona e clofazimina. Essa associação diminui a resistência medicamentosa do bacilo, que ocorre com frequência quando se utiliza apenas um medicamento, e impossibilita a cura da doença.

EXAME E TRATAMENTO

De acordo com Márcio, o exame para detecção é o olhar clínico do médico, o relato do paciente e em caso de dúvidas é feito exame específico (cultura de pele). “Tem tratamento, é gratuito, a medicação é oral e também conforme a parte afetada”, concluiu.

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INFORMAÇÕES

Mais informações podem ser obtidas nas ESFs ou na Vigilância Epidemiológica fica na rua Marechal Floriano Peixoto, esquina com a São João Maria. Atende de segunda à sexta-feira, das sete às 16h. Telefone: 3642-5867.

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