Secretária de Saúde fala sobre as reclamações envolvendo o atendimento da UPA

Por Gazeta de Riomafra - 15/01/2018

Procurada por nossa redação a secretária de Saúde de Mafra, Jaqueline Previatti Veiga, em visita a Gazeta de Riomafra, explicou como funciona o atendimento na Unidade de Pronto Atendimento de Mafra. A UPA foi alvo de reclamações que chegaram a Gazeta e nas redes sociais. A maioria é quanto à demora no atendimento, além da situação de um vereador que foi atendido antes dos demais pacientes e do caso da Yasmin, bebê de seis meses, que segundo a família em post nas redes sociais, o médico da unidade não deu um diagnóstico da doença e a criança teve que fazer uma cirurgia de emergência em Joinville durante esta semana. Segundo o post, a criança teria sido levada até a UPA, durante três dias seguidos sem ter um diagnóstico correto, onde o médico teria dito a família que a criança “não tinha nada”.

Nossa reportagem levantou estas questões para a secretária que contou como a UPA trabalha no atendimento das pessoas, destacando que a gestão da Unidade de Pronta Atendimento é compartilhada com uma OS – Organização Social.

Segundo ela todos os cidadãos (usuários) que chegam à Unidade passam por uma triagem que segue um protocolo de acolhimento com classificação de risco (Protocolo de Manchester), atendimento este que não pode ultrapassar 10 minutos. E que após esta classificação nenhum atendimento pode ultrapassar quatro horas, sendo que os casos de maior urgência – problemas cardíacos, acidentes vasculares cerebrais, entre outros – passam na frente das situações com grau menor de risco a vida. Jaqueline afirmou que nenhuma espera pelo atendimento é superior a 1h30min, porem há casos que, esporadicamente, podem chegar até no máximo 4h, (feriados prolongados, em situações que aumentam a população no município – datas comemorativas e festivas) conforme disposto no protocolo de atendimento.

Jaqueline disse que neste final de ano que passou a demanda aumentou na UPA, principalmente no atendimento de pessoas de fora da cidade e que mesmo assim o tempo de espera não mudou.

Quanto ao caso de um vereador que supostamente foi atendido antes dos demais pacientes, inclusive, crianças, idosos e cadeirantes, a secretária da Saúde consultou o sistema de atendimento e informou que a prioridade no atendimento foi devido ao seu quadro clínico que apresentava pressão alta, com relatos de amortecimento do braço direito, dor no peito e náuseas – sintomas de ataque cardíaco, que conforme o protocolo de acolhimento é de urgência e pode passar na frente de outros atendimentos. No momento o fato causou indignação a alguns pacientes que ali estavam, devido a vereador ter sido chamado minutos antes de chegar, sendo que a maioria, segundo relatos, já estavam aguardando por horas, alguns desde as oito horas da manhã.

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Segundo a secretária, no mesmo dia em que o vereador foi atendido a UPA atendeu mais 8 casos de grau de risco de urgência, recebendo o mesmo atendimento prioritário.

Jaqueline contou que a Unidade de Pronto Atendimento atende todas as pessoas com os diversos sintomas, desde dores na cabeça até infartos, e na triagem que é definida a urgência do atendimento, onde as pessoas com casos clínicos mais graves são atendidas antes.

Questionamos a secretária com relação ao pré-atendimento (triagem), onde segundo alguns pacientes, nos reportaram apenas é aferido a pressão em adultos e temperatura em crianças. Jaqueline explicou que o aparelho usado mede afere muito mais do que a pressão arterial e temperatura, além da oxigenação, frequência cardíaca e se houver alterações de maior grau, outros exames complementares são também realizados durante esta triagem.

Sobre o caso da neném Yasmim onde a família reclamou sobre o atendimento médico na UPA, a secretária respondeu que a família não realizou nenhuma reclamação oficial junto a Secretaria de Saúde e que ela teve conhecimento do fato pela redes sociais e que de ofício solicitou que a Unidade de Pronto Atendimento abrisse um processo para apurar o caso. O prazo para a conclusão da verificação do ocorrido é de cinco dias úteis. A administração da UPA está cuidando do caso para que o mesmo seja resolvido junto a família da paciente. Após a conclusão do laudo, a família poderá decidir sobre o andamento do caso. A reportagem da Gazeta pretende dar sequência a reportagem, caso tenha acesso ao laudo, se fornecido pela família.

A secretária falou ainda da necessidade das pessoas comunicarem as reclamações junto a Secretária de Saúde através do telefone 3645-3931 ou ainda por meio do Facebook oficial da Prefeitura de Mafra (PrefeituraMafra) e que todas as queixas são verificadas e respondidas.

Durante a visita da secretária da Saúde em nossa redação, na manhã de ontem 12, outros questionamentos foram feitos, como o recesso dos postos de saúde nos bairros; Mafra estar entre as cidades com área e recomendação de vacina contra a febre amarela, credenciamento da UTI de Mafra pelo SUS, entre outras indagações que serão abordadas nas próximas reportagens por este periódico.

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2 COMENTÁRIOS

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  1. Eu creio mais que tudo ainda,na justiça divina! Todas as minhas lágrimas, dor ao ver minha filha com cisto(teratoma) quase se rompendo, e a Dra disse que era depressão..falta de carinho de mãe,não foi capaz de levantar da cadeira onde permaneceu sentada confortávemente, diagnosticando só de olhar, enquanto minha filha menor se desfalecia de dor, mandando ir para casa e tomar um sorvete que passava..agora eu pergunto, será que porque era dia 31/12? Dra Vanessa!

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