Após polêmicas, discussões e judicialização, aconteceu na tarde desta sexta-feira (01) a eleição da mesa diretora da Câmara de Vereadores de Mafra para o mandato do ano de 2018. Com oito votos o vereador Adilson Sabatke foi eleito o novo presidente da casa de leis.
A eleição da Câmara de Vereadores de Mafra era para ter sido tranquila como foi o primeiro ano desta atual legislatura, mas como o esperado, a harmonia acabou e a disputa no legislativo mafrense teve início muito antes do esperado.
O atual grupo que está no comando da casa era composto por dez vereadores, os chamados vereadores de situação – Eder Gielgen (PMDB), Adilson Sabatke (PP), Claudia Bus (PTB), Valdir Sokolski (PSB), Marise Valério (PMDB), João Reiser (PSD), José Marcos Witt (PDT), Elcion Peters (PSD), Vanderlei Peters (PDT) e Dimas Humenhuk (PTB) trabalhavam em um sintonia aparente, onde os vereadores Edenilson Schelbauer (PSB) e Abel Bicheski, Belo (PC do B), eram tidos como da oposição.
A sintonia, a harmonia, entre eles terminou agora durante a eleição da mesa diretora quando o grupo não se entendeu quanto a quem seria o candidato a presidente, porém, segundo informações, a insatisfação de alguns, já vem ocorrendo há meses, pela forma como estaria sendo conduzida certas decisões e situações pelo atual presidente.
Com isso duas chapas concorreram ao pleito que foi realizado na tarde de ontem, a chapa 1, era encabeçada pelo vereador Adilson Sabatke (PP), com o vereador Vanderlei Peters (PDT) de vice-presidente, a vereadora Marise Valério (PMDB) como 1ª secretária e o vereador Elcion Peters (PSD) como 2º secretário e contava com o apoio dos vereadores Eder Gielgen (PMDB), João Reiser (PSD) e Valdir Sokolski (PSB). Já a chapa 2, tinha como candidata a presidente, a vereadora Claudia Maria Bus (PTB), vice-presidente José Marcos Witt (PDT), 1º secretário Abel Bicheski (PR) e 2º secretário Edenilson Schelbauer (PSB). Apoiava a chapa o vereador Dimas Humenhuk.
A eleição inicialmente deveria ocorrer na última terça-feira (28), porém não ocorreu devido a um mandado de segurança interposto pela chapa 2, alegando irregularidades quanto ao edital, onde os membros da chapa 1, não apuseram pessoalmente suas assinaturas no formulário de inscrição. Além disso, a autoridade coatora deixou de apreciar a impugnação protocolada pela “chapa 2, tendo homologado as inscrições, alegaram também que o atual presidente da Câmara não poderia aparecer na condição em nenhuma das chapas.
O juiz da 2ª vara, Rafael Salvan Fernandes inicialmente acolheu em parte o pedido de liminar, entendo que o presidente da casa deveria ter apreciado o recurso da chapa 2, antes do ato de homologação das inscrições de ambas as chapas. Com relação as demais argumentações impetradas, o magistrado entendeu, não serem merecedoras de apreciação naquele momento do processo. Onde a chapa 2 voltou a pedir novamente na justiça o impedimento da votação, bem como a possível eleição da chapa 1, onde foi negado pela justiça tais pleitos. Em determinado momento na sentença o magistrado concluiu o chefe do legislativo atendeu devidamente a liminar, na mesma sessão sanando as irregularidades e procedendo a inscrição de ambas chapas. Ao designar nova data para eleições (ontem) pela presidência da Câmara todos onde ambas estarem inscritas e concorrerem em igualdade pelo voto, desta forma, nenhum prejuízo iria sofrer o pleito e muito menos ambas as chapas concorrentes.
Sendo assim, na sessão de ontem (01/12) as decisões judiciais foram lidas em plenário e logo após o atual presidente da Câmara, vereador Eder, realizou o sorteio da ordem de votação seguindo para eleição, onde o resultado esperado se concretizou, o vereador Adilson Sabatke, com maioria dos votos, foi eleito presidente do legislativo mafrense para o ano de 2018 com oito votos contra cinco recebidos pela vereadora Claúdia Bus.
No final da sessão o vereador Adilson disse que os trabalhos da Câmara de Vereadores continuarão seguindo a linha harmônica do presidente Eder. E o foco continuará sendo os anseios da população mafrense.
OPOSIÇÃO SAI FORTALECIDA
O prefeito Wellington Bielecki vai ter que arregaçar as mangas para apagar o incêndio criado na sua base de sustentação na Câmara de Vereadores. A oposição que contava com apenas dois vereadores pode ganhar mais três: Claudia Bus, José Marcos Witt e Dimas Humenhuk. Este último, sempre teve um pé no barco oposicionista.