O ex-prefeito de Piên, na Região Metropolitana de Curitiba, Gilberto Dranka (PSD) foi preso na manhã desta terça-feira (31) em uma operação do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope). Ele é suspeito de envolvimento na morte do prefeito eleito Loir Dreveck (PMDB), 52 anos, que foi baleado por um motociclista no dia 14 de dezembro de 2016 em uma rodovia de Santa Catarina quando viajava com a família. Dreveck chegou a ser internado, mas morreu três dias depois.
Ao todo, foram expedidos 14 mandados judiciais, sendo três de prisão temporária, três de condução coercitiva, que é quando a pessoa é obrigada a prestar depoimento, e oito de busca e apreensão. As prisões temporárias têm prazo de oito dias e podem ser prorrogadas pelo mesmo período ou convertidas em preventiva, que é quando o investigado não tem prazo para deixar a prisão. Gilberto Dranka foi preso em casa. Ele mora em uma mansão na cidade. Os policiais precisaram fazer buscas, porque Dranka se escondeu dentro do teto de gesso e foi encontrando apenas com a parte debaixo do pijama.
Entre os outros alvos da operação estão os suspeitos de executar e intermediar o crime. “O homem que atirou contra o prefeito ainda é suspeito de matar por engano outra pessoa. Ele teria atirado contra um homem, dias antes, achando que se tratava do prefeito eleito”, disse a Polícia Civil. Cerca de 40 policiais do COPE participam da operação policial.
O CRIME
O crime ocorreu enquanto Dreveck viajava para Santa Catarina, pela PR-420, no dia 14 de dezembro. Ele estava em um carro da Prefeitura, com a família, quando foi surpreendido pelo motociclista, que disparou contra ele.
O prefeito foi atingido na cabeça e encaminhado em estado grave ao Hospital e Maternidade Sagrada Família, em São Bento do Sul, Santa Catarina.
Depois, foi transferido para o Hospital São José, de Jaraguá do Sul, no mesmo estado, onde permaneceu internado até a morte.
À época, o delegado responsável pelo caso, Sérgio Luiz Alves, já tinha descartado a possibilidade de assalto. “O motociclista que efetuou os disparos não fez qualquer anúncio de roubo, apenas atirou e fugiu”, declarou.
O CASO
Os policiais do COPE cumprem três mandados judiciais de prisão temporária de 30 dias e ainda outros oito mandados de busca e apreensão e três de condução coercitiva – quando a pessoa é levada para a delegacia para prestar depoimento. Os mandados judiciais serão cumpridos na cidade de Piên e também em Itajaí/SC.
Entre os alvos da operação do COPE estão os suspeitos de matar o prefeito eleito da cidade de Piên, além do executor e do intermediário. O homem que atirou contra o prefeito ainda é suspeito de matar por engano outra pessoa. Ele teria atirado contra um homem, dias antes, achando que se tratava do prefeito eleito.
ARMADO
Em outubro de 2016, Gilberto Dranka (PSD) foi parar na delegacia depois de uma discussão com um servidor concursado de Piên.
O servidor disse à polícia que o prefeito foi em sua sala na prefeitura e apontou uma arma para sua boca o ameaçando de morte.
Na época, o então prefeito deu outra versão e disse que foi até a sala do servidor apenas para pedir que ele parasse de “prejudicá-lo”. Dranka negou que tenha apontado uma arma.