Um atendimento de busca e salvamento no Pico Paraná, em Antonina, virou caso de polícia na manhã de domingo (15) e envolveu um grupo de mafrenses.
Segundo informações do portal altamontanha.com e do Corpo de Bombeiros, por volta das 11 horas, um pedido de resgate foi feito depois que um turista supostamente sofreu uma queda no local conhecido como Abrigo II, na trilha que dá acesso ao Pico Paraná, e que devido às fortes dores nas costas estaria impossibilitado de retornar.
Ainda segundo o Corpo de Bombeiros, a distância e a dificuldade da trilha fez necessário o apoio do helicóptero do Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas (BPMOA) e devido a fatores climáticos desfavoráveis não foi possível deixar os militares no local exato, sendo deixados em um local conhecido como Getúlio, aproximadamente metade do trajeto, de onde seguiriam a trilha a pé em direção às vítimas.
Em paralelo, uma segunda equipe foi mobilizada por via terrestre para caso necessário, apoiar na logística de evacuação com maca e até mesmo com materiais de pernoite para a vítima.
Durante a operação de resgate, a primeira equipe encontrou algumas pessoas que confirmaram que a vítima estava no Abrigo II, imobilizada e que não tinha condições de caminhar.
Quando a segunda equipe se preparava para iniciar a subida, foram informados que a suposta vítima já havia terminado a trilha com seus colegas e que se encontravam em um bar próximo, preparando-se para retornar para Mafra. E que o grupo era o mesmo que havia encontrado com os bombeiros e prestado informações a equipe de resgate.
Depois que foram descobertos pela equipe de salvamento e questionados sobre os fatos, os mafrenses envolvidos (e que não tiveram seus nomes divulgados), confirmaram que passaram o trote.
A Polícia Militar foi acionada e conduziu o grupo até a delegacia da cidade para elaboração de um Termo Circunstanciado.
Em nota, o Corpo de Bombeiros informou que todos os anos as instituições públicas que atendem situações emergenciais gastam esforços e recursos no atendimento a trotes. Muito além dos prejuízos financeiros, essa conduta reprovável praticada faz com que, além de serem mobilizados recursos especializados que tem alto custo para a sociedade, também causem o prejuízo no atendimento de emergências reais, que realmente necessitavam desses profissionais, colocando patrimônios e vidas em risco.