A partir deste ano, o Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) passa a utilizar um novo instrumento para medir a qualidade dos gastos dos municípios paranaenses, avaliando as políticas e ações públicas dos prefeitos. Trata-se do Índice de Efetividade de Gestão Municipal (IEGM), que avalia sete indicadores: educação, saúde, planejamento, gestão fiscal, meio ambiente, tecnologia da informação e planejamento contra desastres naturais.
O primeiro IEGM foi apresentado nesta quarta-feira (18 de outubro), pelo presidente, conselheiro Durval Amaral, durante painel do 3º Congresso Internacional de Controle e Políticas Públicas, que está sendo realizado em Curitiba pelo Instituto Rui Barbosa (IRB), com apoio do TCE-PR. Participaram do mesmo painel os conselheiros Sebastião Helvécio Ramos de Castro (TCE-MG), presidente do IRB; e Sidney Estanislau Beraldo, presidente do TCE-SP.
MÉDIA
“Embora seja o primeiro ano de aplicação no estado, executado em prazo exíguo e, em função disso, de caráter facultativo, mais de 70% dos municípios paranaenses responderam aos questionários e nos trouxeram uma boa surpresa: a nota média geral dos gestores foi maior do que a média brasileira”, destacou Durval. O presidente lembrou que, em comparação com as outras unidades da federação, o Paraná ficou atrás apenas, por décimos, do Distrito Federal e de São Paulo.
“Isso demonstra que a maioria dos municípios paranaenses vem apresentando boas gestões”, acrescentou Durval. “Essa situação também não deixa de ser um reflexo da intensificação do trabalho de orientação e fiscalização do Tribunal de Contas, por meio de suas inspeções, auditorias e capacitações realizadas pela nossa Escola de Gestão Pública”, afirmou o presidente.
O índice foi apurado a partir de questionários elaborados pelo TCE-PR e enviados aos municípios. As informações prestadas pelas administrações foram avaliadas, por amostragem, por equipe técnica do Tribunal. Os dados validados são consolidados e enviados ao IRB, que é o órgão de estudos dos Tribunais de Contas brasileiros, a quem cabe calcular o índice de cada uma das sete dimensões e definir o resultado final. O painel nacional do IEGM é atualizado anualmente e publicado no site do IRB.
São avaliados de forma mais detalhada a atenção básica à saúde, a infraestrutura escolar (creche, pré-escola e ensino fundamental), o planejamento municipal (consistência entre o planejado e o efetivamente executado), a questão fiscal (execução financeira e orçamentária e manutenção dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal, a questão ambiental (ações que impactam a qualidade dos serviços e a vida da população), a tecnologia de informação (uso dos recursos em favor da sociedade) e o planejamento do município em função de possíveis acidentes e desastres naturais.
O IEGM foi desenvolvido pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e tem como base a Rede Nacional de Indicadores Públicos, ao qual o TCE-PR aderiu em abril deste ano.
RANKING
Dos 399 municípios paranaenses, 282 tiveram o índice calculado e fazem parte do primeiro ranking, divulgado nesta quarta-feira. Curitiba e Ubiratã foram os municípios mais bem avaliados, com índice 0,77. Além deles, mais quatro municípios tiveram índices superiores a 0,75 e foram caracterizados como de gestão “muito efetiva”: Arapongas, Pinhais, São Jorge do Ivaí e Ivaiporã.
A tabela* abaixo mostra os 30 municípios mais bem avaliados nesta primeira edição do IEGM, que levou em conta dados declaratórios de 2016.
REGIÃO
Entre os municípios vizinhos da região, o melhor colocado foi a capital Curitiba, ficando também com o melhor índice do estado, com a nota 77 e o índice 0,77. Quitandinha ficou, ficou com a 4ª melhor nota na região, 65 e com o índice: 0,65. Campo do Tenente ficou em 4º lugar na região, com a nota 60 e com índice 0,60. Os piores municípios da região, foram: Fazenda Rio Grande, em 143º lugar no estado com a classificação C+ e Agudos do Sul figurando em 246º posição no estado, também com a classificação C+. Os municípios vizinhos da Lapa e Piên, ainda não entregaram os questionários informando os índices ao TCE.
VEJA O RAIO X COMPLETO DE QUITANDINHA
O município de Quitandinha ficou em 89º lugar no estado com a nota média 65 e o índice 0,65, com a classificação B, onde foram analisados a atuação do município nas gestões das áreas da educação, saúde, planejamento, fiscal, ambiente e cidade.
Na gestão da educação o município ficou com a nota: 74.00, índice: 0.74; classificação: B.
Na gestão da saúde o município ficou com a nota: 83.00, índice: 0.83, classificação: B+.
Em gestão de planejamento, a nota foi 97.50; índice: 0.24; classificação: C.
No quesito: gestão fiscal, a nota foi: 694.86; índice: 0.69; classificação: B.
Na gestão de ambiente, a nota foi: 58.00; índice: 0.68; classificação: B.
Na área: cidade, a nota foi: 80.00; obtendo o índice de: 0.80 e classificação: B+.
Desta forma, o município de Quitandinha foi bem nas áreas da Saúde (B+) e Cidade (B+). Regular (B) nas áreas da educação, gestão fiscal e ambiente.
Porém não foi bem e deve ter mais atenção na área de planejamento, onde ficou com classificação (C), com índice baixo de apenas: 0,24.
VEJA O RAIO X COMPLETO DE CAMPO DO TENENTE
O município de Campo do Tenente ficou em 129º lugar no estado com a nota média 60 e o índice 0,60, com a classificação B, onde foram analisados a atuação do município nas gestões das áreas da educação, saúde, planejamento, fiscal, ambiente e cidade.
Na gestão da educação o município ficou com a nota: 57.00, índice: 0.57; classificação: C+.
Na gestão da saúde o município ficou com a nota: 67.00, índice: 0.67, classificação: B.
Em gestão de planejamento, a nota foi 179; índice: 0.45; classificação: C.
No quesito: gestão fiscal, a nota foi: 729.64; índice: 0.73; classificação: B.
Na gestão de ambiente, a nota foi: 45.00; índice: 0.53; classificação: C+.
Na área: cidade, a nota foi: 58.00; obtendo o índice de: 0.58 e classificação: C+.
Desta forma, o município de Campo do Tenente foi regular nas áreas da saúde (B) e gestão fiscal (B). Nas áreas da educação, ambiente e cidade o município ficou com a classificação (C+).
Porém não foi bem e deve ter mais atenção na área de planejamento, onde ficou com classificação (C), com índice baixo de apenas: 0,45.
Município | IEGM | ||
Nota | Índice | Sigla | |
1. CURITIBA | 77 | 0,77 | B+ |
2. UBIRATÃ | 77 | 0,77 | B+ |
3. ARAPONGAS | 76 | 0,76 | B+ |
4. PINHAIS | 76 | 0,76 | B+ |
5. SÃO JORGE DO IVAÍ | 76 | 0,76 | B+ |
6. IVAIPORÃ | 75 | 0,75 | B+ |
7. CIANORTE | 74 | 0,74 | B |
8. PONTA GROSSA | 74 | 0,74 | B |
9. RENASCENÇA | 74 | 0,74 | B |
10. CHOPINZINHO | 73 | 0,73 | B |
11. ESPIGÃO ALTO DO IGUAÇU | 73 | 0,73 | B |
12. MATINHOS | 73 | 0,73 | B |
13. IBIPORÃ | 72 | 0,72 | B |
14. JANDAIA DO SUL | 72 | 0,72 | B |
15. JAPURÁ | 72 | 0,72 | B |
16. MARIPÁ | 72 | 0,72 | B |
17. CAMPINA GRANDE DO SUL | 71 | 0,71 | B |
18. GUAPIRAMA | 71 | 0,71 | B |
19. MARINGÁ | 71 | 0,71 | B |
20. PALOTINA | 71 | 0,71 | B |
21. TOLEDO | 71 | 0,71 | B |
22. IMBITUVA | 70 | 0,7 | B |
23. IVATUBA | 70 | 0,7 | B |
24. MARMELEIRO | 70 | 0,7 | B |
25. MIRADOR | 70 | 0,7 | B |
26. QUATRO BARRAS | 70 | 0,7 | B |
27. REALEZA | 70 | 0,7 | B |
28. SANTA HELENA | 70 | 0,7 | B |
29. SANTA TEREZINHA DE ITAIPU | 70 | 0,7 | B |
30. SERRANÓPOLIS DO IGUAÇU | 70 | 0,7 | B |
43. RIO NEGRO | 68 | 0,68 | B |
67. ANTÔNIO OLINTO | 65 | 0,65 | B |
71. MANDIRITUBA | 65 | 0,65 | B |
89. QUITANDINHA | 64 | 0,64 | B |
129. CAMPO DO TENENTE | 60 | 0,60 | B |
143. FAZENDA RIO GRANDE | 59 | 0,59 | C+ |
246. AGUDOS DO SUL | 51 | 0,51 | C+ |