Um veÃculo se envolveu em acidente com o trem na manhã desta sexta-feira (07) na cidade de Rio Negrinho. Felizmente ninguém se feriu. A colisão aconteceu na passagem existente na Rua Jorge Zipperer. As informações são do jornal Perfil Multi.
Este acidente envolvendo carro e trem alerta para os cuidados que as pessoas devem ter na travessia de passagem de nÃvel. Confira abaixo os cuidados e orientações para quem vive próximo aos trilhos de trem:
Estudos apontam que há mais de 5 mil cruzamentos construÃdos ao longo dos trilhos em todo o paÃs, o que aumenta o risco de acidentes – principalmente em função da imprudência de pedestres e motoristas. Na região de Rio Negro e Mafra há diversos cruzamentos.
O Código de Trânsito Brasileiro (Lei nº 9.503/97) regulamenta a sinalização e fala sobre a segurança nas proximidades das ferrovias. De acordo com o Art. 212, o condutor não pode deixar de parar o veÃculo antes de transpor linha férrea. Tal ato é considerado uma infração gravÃssima, que tem como penalidade sete pontos na CNH e multa.
De acordo com Michel Bruno Taffner, professor do curso Técnico em Manutenção de Sistemas Metroferroviários, para uma convivência harmoniosa entre ferrovia e comunidade, é preciso estar atento às normas de segurança.
“Os centros urbanos foram construÃdos no entorno das ferrovias. Em termos de convivência, a grande questão é a cultura que a população e a ferrovia devem ter para um trânsito melhor. As comunidades precisam entender que a ferrovia está ali a mais tempo e que circulam veÃculos grandes, com peso, que podem causar acidentes graves. A população precisa entender o espaço da rodovia, a legislação de trânsito. E as ferrovias precisam trabalhar com campanhas e sinalização”, afirmou o professor.
Michel ainda explicou que é preciso muita atenção para que as crianças não brinquem perto da ferrovia ou em cima dos trilhos. “O trem muitas vezes se aproxima sem que a pessoa perceba, por isso é importante ter o cuidado de não estar muito próximo aos trilhos”. Além disso, o 1º do Art. 90 diz que o órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre a via é responsável pela implantação da sinalização, respondendo pela sua falta, insuficiência ou incorreta colocação.
O pedestre também precisa estar atento. A precaução evita acidentes nas passagens em nÃvel (locais onde a ferrovia e rodovias se cruzam). Dentre as dicas, a mais importante é estar sempre atento aos sinais sonoros: Pare, olhe e escute! O apito do trem preserva a sua segurança.
Também é importante que o pedestre retire os fones dos ouvidos e guarde o celular no bolso, no momento da travessia é importante estar com toda a atenção voltada para a linha férrea. É preciso respeitar o espaço da rodovia! Mantenha sempre uma distância segura e nunca estacione perto da linha férrea.
Ao se aproximar dos trilhos, verifique se o trem já passou completamente. Só se aproxime da ferrovia após o distanciamento da composição, com a certeza de que não há um novo trem a caminho. Essas são dicas importantes para fazer a travessia somente em segurança e preservar a sua vida.
A regra é simples: pare, olhe para os dois lados e escute. A dica principal é muito simples: siga a orientação das placas afixadas nas passagens em nÃvel, pare antes de cruzar a ferrovia, olhe para os dois lados e escute.
Todos podem ajudar na conscientização, disseminando alguns cuidados especiais. Conheça as dicas:
– Em alguns trechos, é muito comum a circulação dos trens em ambos os sentidos, por isso é proibido, e muito perigoso, permanecer entre duas linhas férreas, o pedestre corre o risco de ficar confinado entre dois trens.
– Mantenha uma distância mÃnima de 3 passos largos com relação aos trilhos. As locomotivas e os vagões são mais largos do que a estrutura ferroviária (dormentes e trilhos).
– Pessoas idosas ou com dificuldade de mobilidade exigem atenção especial.
– Crianças não podem brincar na área da ferrovia e devem estar sob supervisão constante de seus responsáveis nas travessias.
– Não tente atravessar a linha falando ao celular, checando mensagens ou usando dispositivos de áudio de qualquer tipo. Eles desviam sua atenção da ferrovia.
– A área ocupada pela ferrovia e seus arredores é chamada faixa de domÃnio. Não é permitida a presença de pessoas estranhas à ferrovia nesta área, e a travessia da linha férrea só pode ser realizada em passagens em nÃvel oficiais (para pedestres, veÃculos ou ambos), por passarelas ou passagens inferiores. É extremamente arriscado atravessar a linha em qualquer outro ponto.
– O uso de álcool e drogas tem sido uma causa cada vez mais frequente de acidentes envolvendo pessoas. Em alguns municÃpios, este Ãndice chega a representar 20% do total de acidentes.
– Um trem pesa entre 3.000 toneladas (vazio) e 15.000 toneladas (carregado) e, por isso, pode exigir algo entre 300 e 1.000 metros desde a aplicação do freio de emergência até sua parada completa. Por seu peso, um trem não freia como um automóvel. Por isso, mesmo quando é possÃvel identificar um obstáculo ou pessoa cruzando a linha inadvertidamente, na maioria das vezes não é possÃvel evitar o impacto.
– Os trens são dotados de luzes de sinalização, de sinos (acionamento constante quando estão em movimento) e de buzina (acionadas antes das passagens em nÃvel ou em qualquer situação de emergência). É fundamental que as pessoas estejam sempre muito atentas aos sinais sonoros de segurança, não usem telefones ou headphones nas travessias e olhem para ambos os lados ao cruzar a via.
AÇÕES DA RUMO
A Rumo – empresa que gerencia o serviço ferroviário na região – desenvolve continuamente ações que promovem mais segurança nas ferrovias. Campanhas informativas contribuem para reduzir os acidentes nas passagens em nÃvel nos seis estados onde a Companhia atua. Alertas como “Pare, olhe e escute!” destacam a necessidade de cuidado e são difundidos em escolas, comunidades e à população em geral. Os trens têm a preferência e, mesmo quando acionados os freios de emergência, não param imediatamente, devido à s próprias caracterÃsticas do transporte ferroviário. Assim, a segurança merece nossa atenção.
A Rumo realizou o Diagnóstico de Segurança, uma grande pesquisa para auxiliar a Companhia a entender em que patamar está e o que ainda precisa ser feito para zerar os acidentes de trabalho.
A equipe de Saúde e Segurança do Trabalho (SST) da Rumo utilizou o método Hearts and Minds, aplicado no Grupo Cosan, e entrevistou quase três mil colaboradores para chegar ao resultado, que revelou uma grande evolução mas mostrou, também, que ainda precisamos evoluir para alcançar o acidente zero.
Na escala utilizada na pesquisa, a Rumo está no patamar “Calculista” de segurança do trabalho. Isso significa que os colaboradores sabem nas normas e procedimentos, mas ainda falta agir de forma segura por contra própria, sem a necessidade de fiscalização ou orientação constante do lÃder.
Com este resultado, a equipe de SST traçou um plano com 17 ações, que devem ser executadas até dezembro de 2019, para alcançarmos o patamar “Proativo”. Neste estágio, a segurança é, de fato, um valor indispensável em qualquer ação cotidiana.
Nos cruzamentos
A precaução evita acidentes nas passagens em nÃvel. Antes de atravessar a ferrovia, motoristas e pedestres devem lembrar de alguns procedimentos:
– Pare, olhe e escute! O apito do trem preserva a sua segurança.
– Retire os fones dos ouvidos e guarde o celular no bolso.
– Mantenha distância segura e nunca estacione perto da linha férrea.
– Só se aproxime da ferrovia após o distanciamento da composição, com a certeza de que não há um novo trem a caminho.
– Faça a travessia somente em segurança e preserve a sua vida.
Nas Escolas
Oficinas educativas são realizadas regularmente pela Rumo em escolas próximas às linhas férreas. As crianças e adolescentes recebem atenção especial e ajudam a difundir informações sobre segurança. O aprendizado ocorre por meio de jogos e brincadeiras. Com ajuda das próprias escolas, o projeto está alcançando mais de mil estudantes por ano.
Nas Comunidades
As ações ligadas à segurança envolvem diretamente as comunidades próximas à ferrovia. Os temas trabalhados vão além das medidas de precaução indispensáveis nas passagens em nÃvel. Ao mesmo tempo em que evitam acidentes, os projetos estimulam o respeito ao meio ambiente, o cuidado com espaços públicos, para o bem estar da população. Os participantes tornam-se mais conscientes sobre os riscos de práticas como o surfe ferroviário ou a travessia de pontes. As próprias comunidades ajudam a difundir a informação de que o acesso à s áreas ferroviárias é proibido, por oferecer riscos para crianças, jovens ou adultos.
Café com Segurança
A segurança ferroviária depende da colaboração de todos, especialmente de caminhoneiros, motoristas, motociclistas e pedestres que atravessam as linhas férreas com frequência em portos, terminais logÃsticos e centros ferroviários. Esse é o foco do programa Café com Segurança, iniciativa que reúne a comunidade para repasse de informações que salvam vidas. As últimas edições do programa foram realizadas em Curitiba (PR), Paranaguá (PR), Santos (SP), Rondonópolis (MT) e São Francisco do Sul (SC).
Consciência desde cedo
Pela importância da segurança ferroviária para as comunidades que vivem perto das linhas férreas, a Rumo insere o tema em projetos direcionados a escolas e inclusive em eventos comemorativos. O livro A Ferrovia na Visão de Nossas Crianças é resultado desses esforços. A obra foi escrita por crianças do Paraná, Santa Catarina e São Paulo, inspiradas em palestras de ferroviários que foram à s escolas falar de atitudes seguras e da importância do transporte ferroviário para o PaÃs. A mobilização fez parte das comemorações do Dia do Ferroviário (30 de abril), em 2016.
Fontes: Jornal Perfil Multi, Folha Vitória e site da Rumo.