A redução de óbitos no trecho da BR 116, que vai de Curitiba até Capão Alto, na divisa com o Rio Grande do Sul foi de 27,5% em 2017, se comparado aos doze meses de 2016. A redução no total de acidentes foi um pouco menor, 17,7%. Ações conseguiram diminuir a severidade dos acidentes
A concessionária que administra a BR, analisou o perfil das vítimas fatais no ano de 2017 e concluiu que, dos 37 acidentes fatais, 13 foram colisões frontais, seguido de 10 colisões transversais, e um número que chamou atenção foram os atropelamentos. Os 6 atropelamentos ocorridos em 2017, levando em conta todo o trecho, todos eles foram no Paraná, com maior concentração nos municípios de Curitiba, Fazenda Rio Grande e Mandirituba, onde a pista é duplicada e por haver concentração de pedestres nos perímetros urbanos, a exposição aumenta. “Estes acidentes que resultaram em vítimas fatais nos deixam claro que o comportamento humano é o principal causador das fatalidades em nossa rodovia, podemos destacar que o excesso de velocidade está presente em todos estes acidentes”, ressaltou José Junior coordenador de operações da Planalto Sul.
O maior número de acidentes com vítimas fatais ocorre nos finais de semana, e no período noturno. A faixa etária desses condutores envolvidos em acidentes vai de 18 a 25 anos e de 30 a 35 anos, a faixa que menos se envolve em acidentes é de 50 a 55 anos.
O Grupo Estratégico para Redução de Acidentes – GERAR, reúne-se mensalmente para debater ações visando aumentar a segurança na rodovia, propondo melhorias e soluções para os pontos considerados críticos. Algumas destas ações contempla revitalização das passarelas, acessibilidade e mobilidade, reforço e melhoria na sinalização com placas e pinturas, radares e medidores de velocidade para coibir excessos, revitalização de trechos com cruzamentos irregulares, como em Areia Branca dos Assis, distrito de Mandirituba/PR.
Neste local, no Km 153,3 devido a presença de escolas, igrejas, e comércio no entorno da rodovia, diariamente pedestres e motoristas cruzavam a via de forma desordenada, hoje após a revitalização, os acidentes no local foram a zero.
As melhorias realizadas foram desde reestruturação nos acessos não considerados críticos, ou seja, acessos que interligam a comunidade sem cruzamento na rodovia, nestes foi feita colocação de asfalto fresado. A concessionária também realizou execução de bueiros e drenagens, implantação e revitalização de abrigos de ponto de ônibus, melhoramento na sinalização vertical e horizontal, implantação de defensa metálica, até medidor de velocidade.
Além disso estudos feitos pelo GERAR mostraram a necessidade de melhorias no retorno em nível do Km 118,8 Pista Sul em Curitiba, como redutor de velocidade e segregadores para canalização dos veículos a fim de utilizarem a faixa de aceleração, evitando colisões transversais.
Dentre as ações do GERAR também destacam-se as melhorias de acessibilidade em torno das passarelas do Km 127 e Km 129,6 no Paraná, incluindo revitalização do piso tátil, execução de calçadas, travessias elevadas e revitalização da sinalização vertical.
PARCERIAS COM A POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL
Com foco na redução dos acidentes, a Planalto Sul realiza semanalmente, em parceria com a Polícia Rodoviária Federal, ações de fiscalização no trecho do Paraná e Santa Catarina.
Em 2017 foram 31 Operações Serra Segura, com 2631 veículos fiscalizados, 555 autuados por alguma irregularidade, 348 motoristas fizeram o teste do bafômetro e 302 Carteiras de Habilitação foram recolhidas.
Para diminuir o excesso de peso nos caminhões que trafegam pela rodovia, fator que também pode causar acidentes, a concessionária realizou no ano passado, 22 Operações de Fiscalização, onde 4.249 veículos foram pesados e 253 autuados.
Além disso campanhas de conscientização são feitas em passarelas, voltadas também aos motociclistas, ciclistas, com abordagem que vão desde as escolas até empresas e comunidade local.
No final de 2017 a concessionária disponibilizou as imagens de vídeo monitoramento da rodovia para as Unidades Operacionais da PRF ao longo do trecho concedido, com a fiscalização remota, hoje é realidade as autuações por ultrapassagem em locais proibidos. Estas são ações coercitivas que visam diminuir as ocorrências de colisões frontais e consequentemente diminuir as fatalidades. São ações planejadas de acordo com a necessidade operacional da rodovia.
“Infelizmente a imprudência dos motoristas continua, mas vamos reforçar nossas campanhas na rodovia, nossas ações de fiscalização em parceria com a Polícia Rodoviária Federal, para que em 2018 tenhamos números ainda menores e motoristas mais conscientes”, destacou o diretor superintendente Cesar Sass.