Comercialização de tabaco para a safra 2016/2017 preocupa FAESC

Por Assessoria - 21/01/2017

As negociações da comissão representativa dos fumicultores com as empresas fumageiras continuam sem grandes expectativas de acordo. Nesta semana, o representante da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) Francisco Eraldo Konkol participou, em Santa Cruz do Sul (RS), de mais uma rodada de negociação com as empresas Philip Morris, JTI, Universal Leaf, Alliance One, China Brasil e Premium. Nenhuma das seis empresas chegou ao percentual – 8,35% – de reajuste previsto na tabela de preços do tabaco para a safra 2016/2017. A única empresa a assinar o reajuste, em novembro de 2016, foi a Souza Cruz.

As propostas apresentadas na última reunião foram para a variedade de tabaco Virgínia. A empresa Philip Morris apresentou 5,3% para posições B e T e para as X e C conforme tabela da safra passada. A JTI ofereceu 6,7% de reajuste enquanto a Universal Leaf teve como proposta 7,5% nas posições B e T e nas X e C a manutenção da safra anterior. Nas classes XL1, XL2, CL1 e CL2 a proposta foi de redução de 7%. As empresas Alliance One, China Brasil e Premium não apresentaram nenhuma proposta.

“A comercialização será complicada nesta safra. Estamos frustrados, pois nenhuma outra empresa chegou ao percentual, algumas desvalorizarão as posições L e as posições C e X não terão reajuste. Isso preocupa a categoria”, analisa Konkol. Para a safra 2016/2017 está prevista uma produção de mais de 600 mil toneladas. “Teremos um excedente de 100 mil toneladas, uma vez que o consumo do mercado é de cerca de 500 mil”, observa. Konkol considera que o cenário de produção é favorável, tanto para os produtores pela boa safra, como para as empresas pelo grande volume.

Novas reuniões serão realizadas internamente em cada entidade representativa para decidir quais serão os próximos passos das negociações. A comissão representativa dos fumicultores é formada pelas Federações da Agricultura de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul (Faesc, Faep e Farsul) e dos Trabalhadores Rurais (Fetag, Fetaesc e Fetaep) e a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra).

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