Na terça-feira (2), um dia após o feriado do Dia do Trabalhador, cerca de vinte funcionários da Carrara Prestadora de Serviços, facção de roupas, com sede no bairro Tijuco Preto em Rio Negro, com mais de 20 anos do ramo, ficaram desempregados do dia pra noite, o que pior: foram abandonados pela empresa sem receberem o salário de abril que seria pago ontem 05/05.
Ao chegarem para trabalhar, encontraram o barracão da empresa vazio com apenas alguns tecidos espalhados e rolos de fios. Em um primeiro momento acreditaram que a empresa poderia ter sido assaltada, porém, não havia sinal de arrombamento e as portas estavam fechadas. Dúvida que foi sanada, ao entrarem com contanto com Polícia Militar que informou que não havia ocorrido nenhum furto na região. Após observaram também, que a casa dos proprietários que fica ao lado do barracão da facção estava vazia, ao entrarem na empresa. “Não tinha nenhuma máquina lá dentro”, relataram. Diante disto, constataram que foram vítimas de um golpe.
Segundo uma colaboradora, os proprietários da empresa, Evandro Mendes e Claudia Regina Dopka, informaram aos funcionários que seria feito uma reforma no piso da empresa na última sexta-feira, e que seria dado um dia de folga aos colaboradores, (sexta-feira), pois segundo os patrões: “nos disseram que era uma exigência para uma possível certificação ISO, e que por isso seria dado folga aos funcionários”. Acredita-se que esse “tempo (folga)” foi usado pelos proprietários da fábrica de costura para desaparecerem de Rio Negro, levando todo o maquinário da mesma para um lugar desconhecido, ou até mesmo, quem sabe, na intenção de escondê-los e posteriormente vender os equipamentos.
Outra pessoa relatou, que na sexta-feira, dia da folga, esteve na empresa e ao chegar, na facção viu que estavam mexendo no piso mais observou que o proprietários ficaram surpresos com presença dela. “Me perguntaram que eu estava fazendo ali e porque não estava aproveitando o dia de folga”, falou.
Os funcionários tentaram entrar em contato com os proprietários, assim como o contador da empresa e em todas as tentativas as ligações caiam na caixa postal.
Nossa reportagem apurou com pessoas ligadas e empresa que a facção estava passando por uma situação difícil, com impostos atrasados, e que o faturamento do mês havia sido fechado e recebido.
Os donos Evandro e Claudia não eram naturais de Rio Negro. Nossa reportagem levantou a informação que ele seria de Jaraguá do Sul e ela de Rio Negrinho. Outras informações dizem que Evandro era o segundo marido de Claudia e que seu primeiro marido fundador da empresa faleceu há dois anos.
Além de abandonarem os seus colaboradores levando todos os equipamentos da facção o casal não efetuou o pagamento do mês, uma folha de cerca de R$ 30 mil – e que também não fizeram os depósitos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço dos funcionários. Os colaboradores já procuraram um advogado trabalhista que deverá entrar com uma ação coletiva contras os proprietários da facção. Também o sindicato da categoria SINTRAVEST, também deverá tomar medidas para garantir os direitos dos funcionários.
O imóvel era cedido pela Prefeitura a título de incentivo, onde não era cobrado aluguel, apenas luz água e impostos.
Nossa reportagem também tentou entrar em contato com o casal proprietário da empresa, para darem suas versões ao caso, porém, também não atenderam as nossas ligações no final da tarde de ontem.
Ñ bastasse a falta de emprego!