Três itens fundamentais na mesa do consumidor tiveram alta expressiva nos últimos meses: arroz, óleo de soja e leite. Os aumentos estão relacionados à produção e ao cenário econômico.
Com o arroz, a comparação dos preços médios entre abril e o começo de agosto revelou elevação de até 28%. O que se explica por uma situação similar à da carne: a maior procura externa diminuiu a oferta doméstica do produto. Além disso, os preços da saca de 50kg estão bastante acima do valor de referência determinado pela Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB).
A Associação Brasileira da Indústria do Arroz (ABIARROZ) informou que a alta nos preços da matéria-prima foi deflagrada, em escala mundial, a partir da decretação da pandemia. “Observou-se um aumento significativo da demanda no mercado externo, o que, somado à restrição de oferta por alguns países exportadores, com vistas a assegurar o abastecimento interno, ocasionou forte valorização do grão”, justifica. “Acrescente-se ao aumento da demanda internacional, a elevação do câmbio que, além de tornar atrativas as exportações do arroz em casca brasileiro, praticamente inviabilizou as importações do produto de parceiros do Mercosul”.
A demanda internacional também ajuda a justificar o aumento médio de 14% no óleo de soja. O grão foi um dos destaques das exportações brasileiras no primeiro semestre, impulsionado pela alta do dólar. Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia aplicada (CEPEA), a demanda por óleo de soja para a produção de biodiesel é um dos itens que estão influenciando a alta do preço.
O Cepea informou que de junho para julho, o preço médio do derivado de soja subiu 13%, registrando média de R$ 4.292,14 a tonelada, em julho. “A demanda doméstica pelos derivados continua aquecida. Para o óleo, segundo pesquisadores, a procura vem especialmente para produção de biodiesel, o que tem feito com que o setor alimentício já mostre dificuldades na aquisição do derivado. Processadoras têm intensificado as aquisições de soja em grão, uma vez que poucas têm estoques de matéria-prima para processar até o final do ano”.
Ainda segundo o site do Cepea, o movimento de alta está atrelado à apreciação do dólar frente ao Real, que mantém a commodity brasileira mais atrativa aos importadores. Além disso, a demanda doméstica por novos lotes de grãos também está firme, tendo em vista a aquecida procura por farelo e óleo de soja. Diante disso, vendas de soja para entrega entre fevereiro e julho de 2022 também já vêm sendo verificadas (safra 2021/22). Pesquisadores do Cepea indicam que esse tipo de comercialização envolvendo o produto que será colhido daqui duas safras é um fato inédito.
No caso do leite há uma combinação de fatores para explicar o aumento médio. Os efeitos da seca no Sul do país reduziram a oferta do produto – o período atual é de entressafra. E a elevação cambial inibiu a importação que, embora pequena (em média de 4% do volume total), poderia aumentar a quantidade disponível. Some-se a isso um efeito direto da pandemia.
Você já sentiu a diferença no bolso?
É um aumento atrás do outro,e ninguém faz nada,falta de políticas públicas,para tentar amenizar o problema!
Tá tudo comprado, os órgãos que deveriam ter voz ativa para fazer justiça , fiscalizar.se produzimos tanto não faz sentido, tudo uns miseráveis que só pensam em elevar os preços ao extremo,em um momento tão difícil como uma pandemia. E se esquecem que o Brasil é feito de pobres, que esses alimentos são a base de sua alimentação. Miseráveis que são, pensam que levaram desde mundo um tostão se quer.
As grandes indústrias mandam no país. Nem governo, MP, procon não têm vós ativa muito menos a justiça.
E aonde está o PROCON nessa hora ? A conta de energia aumentou 8% e notificaram a CELESC alegando aumento abusivo devido a pandemia, porque não fazem nada com esses aumentos de até 28%.