Sem planejamento, trânsito de Riomafra pode entrar em colapso

Por Gazeta de Riomafra - 24/01/2020

A frota de veículos em Rio Negro e Mafra cresceu 28,5% nos últimos 9 anos, de 47.442 veículos em 2010 para 66.180 em 2019. Se comparado com o número de habitantes no mesmo período o aumento foi 4 vezes maior. Em 2010 a população em Riomafra era de 84.186 habitantes e em 2019 pouco mais de 90 mil, um aumento de apenas 7%.

Hoje temos 0,7 de carro para cada habitante circulando nas ruas das duas cidades.

O aumento de veículos, entre motos, carros, caminhões e outros, teve um aumento considerável, uma média de 3% por ano em desde 2015. No ano passado o aumento foi de 4% em Mafra, já em Rio Negro o número praticamente se manteve instável 24.234 para 24.252.

Em contrapartida o planejamento para suportar toda essa frota não seguiu o mesmo ritmo, e o hoje vemos que o trânsito nas duas cidades está à beira do colapso. Nenhuma grande obra ou mudança foi feita para acompanhar o crescimento vertiginoso de veículos nas ruas. É o terceiro ano consecutivo que a reportagem da Gazeta noticia e acompanha o caso alertando as autoridades e população para o problema que se agrava a cada ano.

No momento estamos no período de férias escolares, o que alivia um pouco o trânsito, mas daqui alguns dias com o retorno das aulas o problemas de mobilidade irão retornar, principalmente no sentido Rio Negro/Mafra na ponte Rodrigo Ajace, no acesso a av. deputado Alceu Antonio Swarowski, (mais conhecido como S), assim como nos semáforos em torno da praça Lauro Muller, trevo da UnC, esquina da rua do Mig na Vila Nova.

Os pontos citados acima são apenas alguns, a equipe de reportagem da Gazeta observou outros locais, apontados por motoristas, que também estão apresentando congestionamento:

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– No alto de Mafra na praça presidente Tancredo Neves que dá acesso a rua Gustavo Adolfo Friedrich (bairro Vila Nova) e a rua José Frosch (bairro Restinga, antiga Carbomafra), é um dos pontos que não suporta mais o tráfego;

– Na rua Gustavo Adolfo Friedrich no acesso à rua José Cassias Pereira;

– Pontos da rua tenente Ary Rauen como no seu final, na praça presidente Tancredo Neves, próximo aos Colégio Cema e Santo Antonio, e no seu início nos semáforo que dão acesso a praça Lauro Muller e a av. pref. Frederico Heyse;

– Os semáforos na praça Lauro Muller;

– Av. Nereu Ramos no semáforo de acesso a av. pref. Frederico Heyse e no acesso a UnC;

– Av. pref. Frederico Heyse no semáforo de acesso a av. Nereu Ramos e a rua tenente Ary Rauen;

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– O acesso à av. pref. Frederico Heyse para quem vem da rua Nicolau Bley Neto e no acesso ao Hipermarcado Condor;

– O acesso à rua Gabriel Dequech;

– Rotatória dos Correios;

– Saída da rua gov. Jorge Lacerda no acesso a Marechal Floriano Peixoto;

– Saída da ponte metálica dr. Dinis Assis Henning na interseção das rua 7 de Setembro e XV de Novembro; e

– Na rua dr. Getúlio Vargas entre a praça João Pessoa e o Salão 6 de Agosto;

Esses são os principais pontos considerados os mais caóticos.

Alguns deles seriam resolvidos com soluções simples como instalação de rotatórias, retirada de semáforos, colocação de semáforos inteligentes e principalmente pavimentação em vias alternativas.

Semáforos que poderiam ser retirados são aqueles que controlam o acesso da Rua Tenente Ary Rauen para a av. Frederico Heyse, assim como o da praça Lauro Muller para a av. Nereu Ramos. Os dois semáforos ao invés de darem agilidade no trânsito acabam criando congestionamento, já que obriga o local há ter três tempos nos semáforos. Sem estes semáforos os demais poderiam trabalhar de forma sincronizada dando mais vazão nos fluxo de veículos. Mas também seria necessário obras nas vias alternativas como as ruas Siqueira Campos, Elzira Blei Maia e Pioneiro Max Langer.

Ruas como Nicolau Blei Neto, Mathias Piecknik e a av. Frederico Heyse que hoje trabalham como vias alternativas em Mafra poderiam ser utilizadas pelos motoristas se fossem asfaltadas.

A rotatória dos Correios poderia ser ampliada e usada realmente como rotatória, assim como outras poderiam ser instaladas na praça Tancredo Nevez, na av. Frederico Heyse no acesso a rua Nicolau Blei Neto, e a já anunciada na rua Nereu Ramos no acesso a UnC.

Com a sede da Prefeitura, um supermercado e servido de acesso a um atacadão a av. pref. Frederico Heyse merece uma atenção especial, assim como a rua Mathias Piecknik. As duas vias poderiam aliviar o trânsito na área central de Mafra.

Semáforos inteligentes poderiam ser instalados na rua Tenente Ary Rauen e Gustavo Adolfo Friedrich em Mafra, e nas ruas dr. Getúlio Vargas e 7 de Setembro em Rio Negro.

Agora o que ajudaria muito a melhorar o tráfego de veículos entre as duas cidades seria a sonhada terceira ponte. Para isso seria necessário que os poderes políticos das duas cidades trabalhassem em total sintonia.

Ainda tem tempo para que soluções sejam encontradas para o trânsito de Riomafra, planejamentos e ações precisam ser tomadas em conjunto – Mafra e Rio Negro – assim como ações isoladas precisam ser feitas para que em um futuro breve o trânsito no universo de 100 mil pessoas não fique igual ao de cidades com 1 milhão de habitantes.

Há vários anos cobramos uma reunião entre os prefeitos Milton Paizani e Wellington Bielecki, entre as duas Câmaras Municipais, bem como, uma audiência pública para iniciarem uma tratativa e planejamento para o trânsito em Riomafra, o que até hoje não ocorreu.

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