Usuários reclamam da falta de comprometimento das empresas de telefones públicos em Riomafra

Por Gazeta de Riomafra - 24/03/2016
Aparelhos de telefone público na praça João Pessoa, Rio Negro, não realizam chamadas
Aparelhos de telefone público na praça João Pessoa, Rio Negro, não realizam chamadas

Na última semana, o jornal Gazeta de Riomafra recebeu uma denúncia sobre os telefones públicos (orelhão) em Riomafra, pois, encontra-se em estado precário para utilização. Apesar da era da tecnologia, onde grande parte da população utiliza celulares para manter a comunicação, ainda se faz necessária a existência de telefones públicos nos municípios, já que nem todos os moradores possuem o aparelho e em casos de perda, roubo ou pedido de socorro possam recorrer a este benefício público.

Em 2015, as chamadas de Longa Distância Nacional (LDN), as quais são realizadas a partir dos orelhões da empresa Oi para telefones fixos não são mais cobradas em 14 estados, dentre eles está Paraná e Santa Catarina. Porém, a manutenção dos equipamentos não é realizada impedindo a população deste benefício. Usuários entrevistados pela Gazeta, suspeitam que os mesmos não são arrumados pela operadora justamente para não se poder utilizá-los de forma gratuita.

Desde 2009, um morador vem buscando melhorias e apresentando aos órgãos responsáveis, mas até a presente data não obteve resposta de nenhum destes. Os aparelhos que o município de Mafra e Rio Negro possuem estão danificados e grande maioria deles não realizam as ligações, sejam elas locais ou interurbanas. Em Rio Negro na praça João Pessoa, os aparelhos estão enferrujados, quebrados e alguns pichados, fazendo com que a população não possa visualizar informações no visor, causando também poluição visual na cidade.

O morador foi até a Prefeitura de Rio Nero e entregou ao prefeito um ofício solicitando providências imediatas e enérgicas para o caso, mas retornando ao local, alguns meses depois, os responsáveis pela verificação não sabiam do que se tratava. Com isso, o denunciante buscou a Câmara de Vereadores para que medidas fossem tomadas, mas a resposta foi à mesma. Segundo informações do denunciante, a Câmara de Mafra se comprometeu acompanhar o caso.

A empresa Anatel informou que desde o final de 2012, R$ 205 milhões seriam investidos na recuperação destes aparelhos, porém, em regiões concedidas a Oi aconteceu o contrário, sendo retirados muitos destes, permanecendo apenas os inadequados. A população reclama também dos aparelhos que estão quebrados, principalmente os de Rio Negro,  “já não conseguimos realizar as ligações, pois não são concluídas, e quando achamos algum que funcione, está quebrado e não conseguimos digitar os números” – afirmam os usuários. Reclamam também pela falta de comprometimento da empresa que fornece os serviços e mostram sua indignação com o caso “fui até a empresa Oi para conversar com o responsável pelos atendimentos e falaram que eu teria que ir até Joinville, como uma empresa não possui um gerente, ou até mesmo um supervisor em cada local?” – reclama o morador.

Nossa equipe de reportagem tentou entrar em contato com a Oi em Mafra, e fomos até o local para verificar, porém, os técnicos não quiseram nos atender. Ligamos para a central de atendimento, mas solicitaram diversas informações dificultando a comunicação. Além disso, a Gazeta tentou ligar diariamente para o telefone 3642-8076 (Oi em Mafra) para falar sobre o assunto, porém, o telefone só chama após o expediente, durante o expediente, o mesmo permanece o maior tempo ocupado e quando toca, ninguém o atende. Está é mesma reclamação frequente dos usuários que se sentem totalmente desassistidos, tanto pela empresa quando pelo poder público. O próximo passo, segundo eles, será uma denúncia ao Ministério Publico de Mafra e Rio Negro, contra a concessionária e a empresa terceirizada que presta o serviço.

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