No dia 10 de novembro, por volta das 08h50min, a Polícia Militar de Mafra se deslocou a localidade de General Brito, para averiguar uma denúncia de que um homem estava vivendo em condições precárias. No local os policiais da Patrulha Rural localizaram um homem de 54 anos de idade, portador de necessidades especiais tanto físicas como mentais, vivendo sozinho em condições precárias numa estufa de fumo. Dados da Secretaria de Ação Social é de que o mesmo já havia sido convidado a vir morar no perímetro urbano, mas a própria comunidade e o proprietário da estufa, prezaram pela permanência do mesmo, inclusive o dono havendo construído um banheiro junto.
O referido homem possui apenas uma irmã que também é portadora de necessidades especiais e está internada em Florianópolis.
O fato foi encaminhado para a Secretaria Municipal da Ação Social que, de acordo com a secretária Cidene de Barros, já na quarta-feira da última semana, João Machaleski foi conduzido para residir em residência cedida por uma Fundação Espírita, no bairro Imbuial e se demonstrava feliz em ali estar, sendo inclusive assistido pelos vizinhos, também moradores de casas da Fundação, que lhe levavam refeições. No entanto, João começou a ter convulsões e, na manhã de quinta (15), quando uma vizinha foi lhe levar o café da manhã, o encontrou desmaiado, o que ocasionou o encaminhamento ao Pronto Atendimento de Mafra e posterior encaminhamento ao Hospital São Vicente de Paulo, depois de constatado que o mesmo havia sofrido um “derrame cerebral”.
Equipes da Secretaria de Ação Social estiveram acompanhando o tratamento do mesmo e, então, ele veio a sofrer um infarto. Segundo a psicóloga Sueli – do CREAS, foi solicitada inclusive vaga junto a UTI, mas o Hospital informou que a mesma estava lotada. “O que era nossa parte foi feito e sofremos junto com ele”, diz a profissional.
A irmã de João retorna do internamento em Florianópolis nesta quinta-feira e foi comunicada pelos profissionais da medicina sobre o falecimento dele, mas a alta restou liberada, haja vista ela não ter demonstrado abalo muito grande. De acordo com a ação social do Município ela será convidada a residir na casa que havia sido disponibilizada ao irmão e a esperança é que a mesma aceite ali residir, porque não quer sair do interior por gostar de animais, em especial de galinhas, o que não encontrará na cidade.
Que pena, tiraram o cara do convivio que ele já estava acostumado e ele veio para a cidade morrer. Será que a assistencia social nao podia fazer algo antes?