Em 13 de dezembro de 2011 a Gazeta publicou uma matéria sobre a inserção do município de Rio Negro na Região Metropolitana de Curitiba.

Naquela ocasião informamos que, um dos únicos benefícios que o município teria, era com relação à facilidade para aquisição de empréstimos através do Governo Federal, como por exemplo, o Minha Casa Minha Vida, onde o valor máximo para financiamento dos imóveis aumentaria, já que municípios integrantes de regiões metropolitanas possuem incentivos e valores diferenciados, o aumento foi entre 5% a 20%. Promessas de redução de passagens de ônibus, que poderiam ter o valor de local, ficaram apenas em estudos e até hoje não foram implantadas.

Entretanto desde 2011 até hoje, pode-se dizer que apenas este diferencial foi relevante, levando em consideração ainda que, segundo informações, Rio Negro deixou de estar isolado e passou a ter mais integração e visibilidade assim como os demais 28 municípios integrantes da RMC.

O ponto que mais sofreu mudanças, e que atrapalha e dificulta as transações imobiliárias feitas em imóveis de Rio Negro é que antes um desmembramento de terreno, averbação, ou até mesmo liberação de escritura, era feito diretamente na Prefeitura, ou seja, trâmite que acontecia dentro do município. Hoje quaisquer destes documentos passam pelo crivo da COMEC – Coordenação da Região Metropolitana, o que anteriormente demorava no máximo 30 dias, hoje pode demorar até 90 dias.

Em contato com alguns corretores de imóveis, pudemos perceber que esta é uma grande dificuldade deste setor, já que acaba por atrasar o processo imobiliário.

Entrevistamos um servidor da COMEC responsável por projetos, e o questionamos sobre a morosidade neste processo de liberação. Fomos informados que vários itens são analisados, entre eles a Lei de Zoneamento, legislações federais e estaduais, além de análise do sistema viário e de mananciais.

Segundo informações estes itens têm influência direta no zoneamento ou autorizações de parcelamentos. Justificou ainda o grande número de municípios e que deve ser respeitada uma ordem cronológica, alegou também falta de pessoal.

Explicou ainda que empreendimentos industriais próximos a BR também são mais demorados e dependem de anuência da concessionária ou DNIT.