Apesar de muitos avanços na Medicina e na indústria farmacêutica, as cólicas menstruais continuam sendo um problema para as mulheres. Para piorar, as cólicas são acompanhadas pelos sintomas da TPM – Tensão Pré-Menstrual.
A dismenorreia, ou seja, a cólica, geralmente é tida como algo natural do período menstrual; com intensidade variada, a imensa maioria das mulheres conhece este tipo de dor, mas a verdade é que a cólica menstrual merece atenção especial e acompanhamento médico, porque pode estar associada a problemas de saúde.
A cólica menstrual caracteriza-se por ciclos de dor intensa, com aumento gradual da intensidade até um pico e depois melhora lentamente. Os médicos explicam que a intensidade é variável e a dor pode irradiar para a região lombar e para as coxas. É unanime a opinião de que a automedicação não é aconselhada, mesmo se tratando de um “sintoma natural” do organismo feminino.
Algumas mudanças de hábitos ajudam a amenizar o desconforto e mal-estar. Seguir uma dieta equilibrada, praticar atividades físicas, fazer alongamentos e aplicar calor local, seja com bolsa ou panos quentes, contribuem para aliviar as dores. Se as dores aparecem durante o período menstrual e são amenizadas com tais medidas, não é necessário preocupações extras, levando-se em conta que a mulher mantém em dia os seus exames ginecológicos.
No entanto, é preciso atenção caso as cólicas sejam muito intensas.
Especialistas explicam que as dores intensas podem ser causadas por adenomiose, ou seja, as células endometriais invadem o espaço entre as fibras musculares do útero e, em alguns casos, formam nódulos simulando miomas, chamados adenomas. As cólicas são crônicas, com irradiação para as coxas e região lombar, acompanhadas de sensação de peso no abdômen, com ou sem alterações dos sistemas urinário e intestinal. Além disso, podem ocorrer dor nas relações sexuais.
Outro tipo é a endometriose pélvica, que é caracterizada pela presença de células do endométrio fora da cavidade uterina. As cólicas são habitualmente cíclicas, piorando no período pré-menstrual e menstrual, podendo variar de intensidade independentemente do grau de endometriose. A endometriose pélvica pode estar associada à infertilidade, e nem sempre provoca dor.
Existe ainda o que se chama de retroversão uterina, popularmente conhecida como “útero virado”. É quando o fundo do útero está voltado para a coluna lombar ou para a região sacral e provoca cólicas de diferentes intensidades.
É bom conhecer tais particularidades do funcionamento do corpo feminino e importante sempre consultar o ginecologista. Assim, evita-se desconfortos mensais que chegam atrapalhar a rotina e ainda se faz prevenção de doenças no trato ginecológico.