O Brasil possui um alto número de mortes devido a acidentes de trânsito. Além da dor e do sofrimento das vÃtimas e de seus familiares, a violência no trânsito tem um custo social de R$ 5,3 bilhões por ano para toda a sociedade, segundo levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Os prejuÃzos são relacionados aos gastos com saúde, previdência, Justiça, seguro e infraestrutura, entre outros.
Pesquisa do Ministério da Saúde mostra que são mais de 30 mil mortes por ano nas estradas e avenidas brasileiras, e cerca de 350 mil feridos – boa parte com lesões irreversÃveis. Isso faz com que o Brasil ocupe o quarto lugar no ranking mundial de acidentes deste gênero.
Ainda mais chocante é a revelação das causas por trás desses acidentes: uso de álcool e drogas, desrespeito à s regras de trânsito e imprudência dos motoristas. Segundo a PolÃcia Rodoviária Federal, em sua maior parte os acidentes ocorrem durante o dia, com tempo bom e em retas. A redução desses números passa pela educação e conscientização de todos que transitam pelas vias do paÃs.
Mais conhecido como seguro obrigatório, o Seguro de Danos Pessoais Causados por VeÃculos Automotores de Vias Terrestres (DPVAT) é pago pelo proprietário do carro junto com licenciamento anual. A finalidade é amparar vÃtimas de acidentes de trânsito em todo o PaÃs, independentemente dos culpados no episódio. O valor pago varia de acordo com o veÃculo.
Com o DPVAT, todas as vÃtimas de acidente – pedestre, passageiro ou motorista de veÃculo particular e coletivo – têm direito a uma indenização em caso de morte, invalidez ou nas despesas de assistência médica e suplementares. Por desconhecimento, muitos deixam de receber o dinheiro.
O Código de Trânsito Brasileiro foi instituÃdo em 1998. Com 341 artigos, o código trouxe novidades: regras mais rÃgidas na concessão da carteira de habilitação; obrigatoriedade de acessórios de segurança; inspeção dos veÃculos; multas e penalidades mais pesadas, prevendo inclusive a prisão para o mau condutor.
Estão previstas na lei quatro categorias de infração – leve, média, grave e gravÃssima. Cada uma corresponde a um número de pontos que vão sendo somados no prontuário do veÃculo e do condutor. Quando as infrações somarem 20 pontos, o motorista terá sua carteira apreendida por um perÃodo que pode variar de um mês a um ano, e ele será obrigado a fazer curso de reciclagem.
Dirigir embriagado, transitar com velocidade acima de 20% da máxima permitida, deixar de prestar socorro a vÃtimas de acidentes ou deixar de dar preferência a pedestre na faixa são exemplos de infrações gravÃssimas, que preveem multa, suspensão do direito de dirigir e detenção de seis meses a três anos. São infrações graves não usar cinto de segurança, ultrapassar pelo acostamento e estacionar em fila dupla, por exemplo. Nesses casos, a lei prevê multa e retenção do veÃculo.
Em casos de vÃtimas fatais, o condutor estará sujeito a responder civil e criminalmente, podendo ser julgado por lesão corporal ou homicÃdio.
É preciso ficar atento, não fume e nem use o celular enquanto estiver dirigindo; ultrapasse somente pela esquerda; respeite o limite de velocidade; use equipamentos de segurança; não deixe objetos soltos no carro; crianças só no banco de trás, com cadeirinhas adequadas a idade; faça manutenção permanente no carro; pedestres devem atravessar na faixa; mantenha distância do carro da frente; não diminua a velocidade para observar ocorrências externas, como acidentes; mais importante, não beba, pois o álcool é responsável pelo alto número de acidentes.
Em caso de acidentes, não abandone o local do acidente; verifique o estado das vÃtimas feridas; solicite socorro pelos telefones 190 (PolÃcia Militar) e 193 (Corpo de Bombeiros); sinalize o local do acidente; não tente levantar, sentar ou remover a vÃtima. Em caso de ocorrer acidente em local isolado, a vÃtima pode ser levada ao hospital em posição que permita manter a espinha ereta,
Se houver vazamento de combustÃvel, use o extintor de incêndio; depois de prestar socorro, registre a ocorrência na delegacia de polÃcia mais próxima.