Ela pode passar despercebida em crianças e originar problemas futuros. Estamos falando da escoliose – problema caracterizado por um desvio da coluna vertebral para a esquerda ou para a direita e que apresenta pouca sintomatologia clínica. Muitas vezes, é observado por pais ou professores ou quando são realizados testes de avaliação clínica e fisioterápica.
O médico ortopedista e traumatologista Joaquim Reichmann explica que a fase inicial da escoliose é de fácil identificação e o tratamento precoce apresenta maiores resultados. Porém, é comum passar sem ser notada, o que dificulta a correção em função do agravamento dos desvios. Isso sem contar o aspecto estético/postural e também os sintomas, cujo principal é a dor, que surge com o decorrer dos anos.
De todas as causas destacam-se as posturais ou funcionais e as idiopáticas (de etiologia desconhecida ou de tendência familiar). O problema pode surgir tanto na região torácica como lombar da coluna vertebral. Segundo o médico, o tratamento fisioterápico deve ser intenso nestes casos. São usadas técnicas e exercícios de mobilização e alongamento, além de orientações posturais adequadas.
Reichmann explica que a correção começa no momento do sono. Os pais devem corrigir a postura de dormir (a posição lateral é a ideal). Também ao estudar, em sala de aula ou em casa, a postura deve ser observada. Até mesmo nas horas de lazer é importante corrigir a postura. Outro frequente problema está relacionado às posturas incorretas adotadas ao usar o computador ou celular.
Os médicos recomendam que pais e professores recorram a uma orientação clínica/fisioterápica ao identificarem ou suspeitarem da ocorrência de escoliose nas crianças. “É preciso atenção a qualquer postura indevida, pois pode provocar graves problemas no futuro”, finaliza Reichmann.
