Caracterizada pelo enfraquecimento dos ossos, a osteoporose é mais comum nos idosos e é responsável por aumentar consideravelmente o Ãndice de fraturas. A doença possui duas formas clássicas: a fisiológica ou primária que surge por conta de um processo natural do envelhecimento e a secundária, geralmente causada por outras enfermidades.
Segundo o médico ortopedista e traumatologista Joaquim Reichmann, a osteoporose deve ser abordada de maneira multifatorial, ou seja, com a combinação de vários fatores para obter o resultado esperado. “Não adianta apenas uma medicação, é preciso adotar outras medidas para repor o mineral que está faltando. Ao contrário do que muitos pensam, a patologia não é causada por falta de ingestão de cálcio, mas sim pela perda dele e falta de iniciativas que possibilitem sua fixação ao ossoâ€.
Reichmann destaca que o cálcio isolado traz mais malefÃcios do que benefÃcios à saúde. “Esse cálcio isolado não tem uma inteligência própria para saber que precisa ir até os ossos e dentes e lá permanecer. Se a pessoa ingerir somente o cálcio ele vai ficar nas artérias, o que diminuirá a longevidadeâ€.
Portanto, o tratamento da osteoporose consiste em algumas substâncias que devem ser utilizadas junto com o cálcio para que ele seja fixado ao osso. “Precisamos de cofatores que o conduzam até os ossos. A vitamina D3 que aumenta sua absorção no intestino, a K2 MK7 que o leva aos ossos e dentes e, junto com o magnésio, provoca uma reação quÃmica que estimulará algumas proteÃnas, fazendo com que o cálcio fique acumulado nos ossos e dentesâ€.
Reichmann complementa, ainda, que a osteocalcina – proteÃna não-colagenosa encontrada no osso e na dentina – fará com que o cálcio fique acumulado nos ossos e dentes. “Por último e não menos importante está a atividade fÃsica que é fundamental para que ocorra o estÃmulo da osteocalcina para que o cálcio se deposite cada vez mais nos ossos. A dica é fazer atividades fÃsicas diárias por pelo menos 30 minutosâ€, orienta.