Instabilidade econômica, insegurança na manutenção do emprego, pressão por atingir resultados propostos, medidas de prevenção ao contágio de doenças são algumas preocupações diárias impostas pela pandemia da Covid-19 e que podem resultar em tensões musculares. Por instinto, o organismo reage diante de sinais de ameaça, o que resulta na pressão da musculatura corporal, principalmente do pescoço e dos ombros, regiões mais afetadas.
O corpo é uma rede de músculos interligados e as reações sempre ocorrem em cadeia. Forçados em posições estranhas, os músculos se travam e deixam de trabalhar direito e com o tempo surge a dor. “O organismo é forte, mas tem seus limites. Um dia, ele manifestará os problemas causados pela pressão a qual está constantemente submetidoâ€, ressalta o médico ortopedista e traumatologista Joaquim Reichmann.
A tensão muscular é fruto de uma intrincada e complexa cadeia fisiológica que tem como “botão detonador” as respostas emocionais que são inerentes a cada pessoa. “Essa tensão tende a se acumular em determinadas partes do corpo de acordo com o mapa fisioemocional individual, começando numa fase aguda até se tornar crônica, caso não venha a ser tratadaâ€, comenta o médico.
Nem todas as pessoas ficam tensas nos mesmos grupos musculares, pois existem diferenças significativas entre cada indivÃduo na elaboração de emoções do dia a dia, tais como medo, preocupação, frustrações, ansiedades, tristezas, entre outras.
Para prevenir a dor muscular, Reichmann orienta a prática de alongamentos para relaxar os músculos, a utilização de compressas de água morna que auxiliam no aumento da circulação sanguÃnea ou ainda uso de pomadas analgésicas e anti-inflamatórias acompanhadas de massagem no local da dor.