Você sabe o que é a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica?

Por GB Edições - 26/01/2016

A sigla DPOC – Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica – é a nova nomenclatura para designar o problema que pode vir associado também à bronquite crônica.

O enfisema pulmonar é um problema respiratório progressivo e incapacitante, causado principalmente pelo hábito de fumar. Atualmente, a sigla DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica) traduz tanto o enfisema quanto a bronquite crônica, que podem se manifestar em conjunto ou separadamente. Considerado a principal causa deste mal, o tabagismo é responsável por 90% dos casos de diagnosticados. No entanto, alguns outros fatores também predispõem a doença como exposição à poluição, produtos químicos, combustíveis domiciliares (carvão e lenha, por exemplo), além de fatores genéticos.

Entre os principais sintomas de DPOC estão tosse com produção de catarro, falta de ar e dificuldade de fazer exercícios. A dificuldade de respirar (dispneia) é uma das maiores queixas dos pacientes, podendo variar de leve a intensa, pois dificulta a realização de atividades cotidianas, como trocar de roupa e tomar banho. Depressão e ansiedade também são comuns em pacientes com a doença.

Durante muito tempo, a doença pulmonar era considerada como predominantemente masculina, justamente porque tem como principal causa o tabagismo, hábito socialmente “recriminado” entre as mulheres. As mudanças comportamentais ocorridas principalmente a partir dos anos 60 trouxeram uma mudança neste quadro. Hoje se constata que a mulher que começou a fumar há 20 ou 30 anos, até como forma de autoafirmação social, agora é uma séria candidata a desenvolver o mal. Nas décadas de 60 a 80 os homens ainda fumavam mais que as mulheres e o reflexo pode ser visto agora. Segundo o Estudo PLATINO (Projeto Latino Americano para Investigação da Doença Obstrutiva Pulmonar), no Brasil a prevalência da DPOC entre as mulheres com mais de 40 anos é de 14% frente a 18% entre os homens.

Ela se manifesta em geral em pessoas com mais de 40 anos, principalmente fumantes e ex-fumantes. Devido ao seu caráter progressivo, muitos pacientes só descobrem a doença na fase avançada; por esse motivo, a DPOC pode se manifestar mesmo em quem já abandonou o cigarro.

Não é possível saber quem tem predisposição para desenvolver ou não a DPOC. Por isso, a melhor prevenção é, principalmente, não fumar. Apesar de não ter cura, existem hoje tratamentos farmacológicos capazes de ajudar a aliviar os sintomas e a controlar os sintomas. O objetivo é manter o paciente ativo por mais tempo, melhorar a tolerância a exercícios físicos, diminuir a frequência das exacerbações (crises) e contribuir para o aumento da qualidade de vida.

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Diversos estudos têm demonstrado que o tratamento à base de brometo de tiotrópio reduz significativamente o número de exacerbações, bem como a quantidade de internações, além de diminuir a falta de ar e melhorar a qualidade de vida do paciente. O medicamento reduz o tônus da musculatura lisa e dilata as vias aéreas, resultando em função pulmonar superior e sustentada. Exercícios de reabilitação pulmonar e o uso de oxigênio inalável também fazem parte do tratamento. Lembrando que todo e qualquer medicamento tem que ser prescrito por um médico especialista.

Segundo estatísticas do Conselho Brasileiro de DPOC, Associação Latino-Americana de Tórax (ALAT) e Datasus, aproximadamente, 300 milhões de pessoas no mundo sofrem de DPOC (10% da população adulta). Nas duas últimas décadas, a DPOC apresentou um crescimento de 340%. A DPOC já é a quinta maior causa de morte no Brasil, com 39 mil óbitos por ano – mais de quatro brasileiros a cada hora. A doença afeta atualmente cerca de 5,5 milhões de brasileiros. O diagnóstico é feito por meio da espirometria – exame simples que se faz soprando em um aparelho que mede a capacidade pulmonar.

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