Os bastidores da política rionegrense ferveram esta semana, após o anúncio da exoneração do então diretor da Câmara, Roberval Vianna Miranda, que já estava cerca de 22 anos no Legislativo. Matéria em primeira mão aqui na Gazeta da última quarta-feira (06/06), relata que Roberval teria sido exonerado devido ao mesmo ter fechado as portas da Câmara na última sexta-feira, dispensando os funcionários sem manter contato com a Presidência da Casa. O presidente Daniel Teixeira, perguntado se isto seria motivo suficiente para exonerá-lo, respondeu dizendo que este não seria o único motivo, mas sim uma somatória de fatos que o fez tomar tal decisão.
A reportagem da Gazeta perguntou quais seriam então estes outros fatos? Daniel se comprometeu no final da última terça-feira, receber a reportagem na Câmara, para da continuidade na entrevista para então apresentar os demais motivos acumulados, que resultaram na exoneração de Roberval. Só que estranhamente o presidente ligou na redação do jornal dizendo que por outros compromissos não poderia receber mais a reportagem, e até o momento não mais contatou com jornal marcando uma nova data para entrevista.
Roberval, indagado pela reportagem do jornal, diz que não fechou as portas do Legislativo e dispensou os funcionários sem o conhecimento de Daniel. Segundo Roberval, o que aconteceu é que naquele dia havia uma Sessão Solene agendada para as 15 horas e, então, teria ele proposto ao presidente que ao invés de encerrar o expediente às 11h30min, reiniciar à tarde e depois os funcionários terem que se deslocar novamente até suas casas para se preparar a comparecer na Sessão, se fechasse a Câmara somente ao meio dia, deixando as portas fechadas até o horário da citada reunião, o qual o presidente Daniel Teixeira da Cruz prontamente aceitou a proposição, alertando apenas para a necessidade de se deixar um aviso na porta, para conhecimento dos munícipes que viessem procurar o Legislativo. “O que for dito além disso é mentira”, disparou. Ele diz que há testemunhas de sua conversa com o presidente, mas que como a decisão é do presidente, não quer envolver ninguém na questão. Muitos dos vereadores, principalmente os da situação, estranharam a atitude de Daniel, ainda mais não ter comunicado aos demais antes de tomar uma decisão como esta, mesmo sendo prerrogativa da Presidência. Para muitos que figuram nos bastidores políticos a decisão de Daniel foi radical, errada e num péssimo momento, além de estranha e com um “forte cheiro” de ingerência, por isto ele não teria pedido opinião dos demais, demonstrando que tal decisão já poderia ser premeditada. Será? Vamos aguardar o final desta história que ainda promete ferver nos bastidores da política.