Profissionais da educação lutam por seus direitos

Publicado por Gazeta de Riomafra - 17/06/2013 - 11h24

No último dia 10, profissionais do ensino infantil do município de Mafra se reuniram com o prefeito municipal, Roberto Scholze, para expor as dificuldades e erros encontrados nos cargos de profissional da educação infantil de Mafra, do concurso de 001/2008.

Ao todo são 32 profissionais que assumiram o posto de professores dentro de sala de aula e todas as responsabilidades de um docente, porém não possuem os mesmos direitos por estarem enquadrados como profissionais de educação infantil.

De acordo com a profissional de educação infantil, Francine Vanzetta, estão alocadas na secretaria errada, Secretaria de Administração, e atuam como professores, mas não possuem os benefícios dos mesmos. “O cargo de profissional de educação infantil em relação à Prefeitura está totalmente errado, totalmente fora da lei. Somos professores, recebemos salas de aula e nosso cargo está fora da Secretaria da Educação. Segundo eles nos somos profissionais cedidos à Educação, daí com essa cedência acabamos assumindo salas de aula, todas as responsabilidades de um professor e não temos todos os direitos que um professor, incluindo férias, recessos, salários, hora atividade e outros os benefícios”, afirmou Francine.

ENTENDA O CASO

No edital do concurso 001/2008, o cargo de profissional da educação infantil exigia nível médio com habilitação em magistério e sua descrição de função era: “Elaborar, planejar, executar e estimular as atividades pedagógicas, lúdicas e recreativas que visem o desenvolvimento das crianças menores de 4 (quatro) anos, auxiliando na alimentação e higiene das mesmas”.

Segundo Elton Vanzetta, esposo de Francine e responsável pela pesquisa das leis neste caso, este cargo foi criado dentro da lei municipal 3197/2007 que contrapõe a lei de diretrizes e bases 9394/96, onde afirma que as creches são integrantes das instituições de ensino e são regidas por professores com mínimo de escolaridade o magistério.

As funcionárias concursadas assumiram seus cargos a partir de 2009 até 2012, não tinham certeza de qual seriam suas funções, mas começaram a trabalhar como professoras. As reclamações surgiram após descobrirem que não teriam direito as férias de junho e recessos.

A partir destes fatos, buscaram explicações com a secretária da Educação da época, Marise Valério Braz de Oliveira, a qual afirmou que elas não teriam direitos iguais aos professores por serem profissionais de educação infantil. Após o período eleitoral, as profissionais procuraram a Câmara de Vereadores para solucionar o caso, foi encaminhado um ofício para o prefeito, Roberto Scholze, expirou o prazo e não obtiveram retorno do prefeito.

Portando, para solucionar a ausência de resposta do prefeito marcaram uma reunião direta com o mesmo. “Acreditamos que ele tenha entendido que estamos fora da lei, que é preciso colocar nosso cargo dentro da Secretaria da Educação, mudar a nomenclatura do cargo de Profissional da Educação Infantil para professor da educação infantil que é que somos no momento. A partir disso virem todos os benefícios em relação ao cargo de professor”, explicou Francine.

Outros casos de funcionários que exerciam a função de professores, mas estavam registrados com outra nomenclatura foi resolvido na justiça. Entre estas cidades está São Bento do Sul, Belo Horizonte, Rio de Janeiro.

A redação tentou entrar em contato, por várias vezes, com a ex-secretária de Educação, Marise de Oliveira, e atual, Solange Takayama, para ouvir suas versões, porém não obtiveram retorno. No próximo dia 28, as Profissionais de Educação Infantil terão nova reunião com Scholze para a prefeitura apresente uma solução ao caso.

 

Professor de Ensino Infantil recebe um salário de R$2300 por 40 horas semanais mais benefícios. Tem direito a hora atividade no período da manhã e a tarde.

Profissional de Ensino Infantil recebe um salário aproximadamente de R$900 por 40 horas e tem o vale alimentação como benefício. Não tem direito a hora atividade, nem recesso ou férias de junho.

A diferença entre os salários é de R$1400.

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12 comentários publicados
  1. Professora

    Como tem pessoas leigas que não sabem ler e interpretar!!! Não somos emprestadas da administração e sim colocadas lá para não receber o nosso devido valor. Todas temos magistério, a maioria tem faculdade ou está cursando, portanto estamos totalmente aptas para exercer essa função. O problema é que são feitas algumas leis e determinações por conta dos governantes conforme o seu bel-prazer, o que acaba gerando todo esse desconforto e indignação por parte dos profissionais envolvidos. Esperamos que as soluções sejam tomadas e que nossos direitos sejam respeitados.

  2. francine

    cara FALA AÍ:
    PARA ESCLARECER O QUE FORA DITO ANTERIORMENTE PODEMOS RESUMIR O SEGUINTE:
    FIZEMOS O CONCURSO NA ÁREA DA EDUCAÇÃO COM AS MESMAS EXIGENCIAS DOS DEMAIS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO COMO PODE OBSERVAR NO ANEXO 3 DO EDITAL 001/2008, ONDE TODOS FORAM COLOCADOS SOB O TÍTULO ÁREA: MAGISTÉRIO. NÃO SEI SE ACIDENTAL OU INTENCIONALMENTE FOMOS COLOCADAS EM UMA SERETARIA DIVERSA DA EDUCAÇÃO. O FATO É QUE “SOMOS PROFESSORAS” ATUANTES EM SALA DE AULA NA EDUCAÇÃO INFANTIL E HABILITADAS PARA TAL CONFORME A LDB 9394/96 ARTIGO 62 E PARECER 07/2011 CNE/ CEB

    • fala aí

      Entendi, foi a colocação que escrevi, precisa sim rever toda esta situação e acerta´-la com todos os seus direitos, com tantas responsabilidades precisam ser compensadas como tal, um abraço!!!!

  3. francine

    caro ADONIS… NÃO SOMOS FUNCIONÁRIAS EMPRESTADAS, pois prestamos um concurso na área da educação e fomos lotadas numa secretária errada sem ao menos sabermos, pois assinamos nosso termo de posse na própria secretaria de educação e algumas até diante da própria secretária da educação e descobrimos que não fazíamos parte dos professores quando ficamos sem férias em julho que disseram que não eramos professoras e por não pertencer a educação. agora se quisermos ficar em julho uma semana precisamos trabalhar em janeiro (nas nossas férias de 30 dias) para repor esses 5 dias de julho… realizar um novo concurso para essas profissionais é desnecessário pois as exigências do conteúdo programático cobrado na época do concurso foram as mesmas dos professores como fica demonstrado no anexo 3 do edital 001/2008, onde estão relacionados sob o título ÁREA DO MAGISTÉRIO todos os profissionais de educação inclusive os profissionais de educação infantil. segundo a LDB 9394/96 artigo 62 a exigência feita na época do concurso obedece as determinações legais para o exercício da docência na educação infantil, que foi magistério, ainda sobre o assunto podemos indicar o parecer n°07/2011 CNE/CEB.

  4. Adonis

    Deveriam elaborar novo concurso para professores de educação infantil e devolver estes servidores para as funções pelas quais prestaram concurso. A cessão de servidores para as mais diferentes áreas é normal. Por exemplo: a prefeitura cede funcionários para trabalhar nos Fóruns e claro que eles não ganham os mesmos salários dos profissionais do TJ. Tem pessoas cedidas à Receita Federal e não ganham os mesmos salários. Agora, estes casos são emergenciais e temporários. Estes profissionais não podem ficar eternamente ocupando os cargos pelos quais não tem qualificação.

    • Simone

      Função para qual prestamos o concurso:
      “Elaborar, planejar, executar e estimular as atividades pedagógicas, lúdicas e recreativas que visem o desenvolvimento das crianças menores de 4 (quatro) anos, auxiliando na alimentação e higiene das mesmas”.
      Pergunto ADONIS pra que prestar novo concurso se houve erro por parte da secretaria da educação em nos alocar para parte administrativa? Em qual outra secretaria podemos desenvolver nosso trabalho senão na área da educação????? O pré requisito pra este concurso foi magistério…logo nossa formação é ser docente e não outra função.

  5. jorge

    Afinal,com essa tal de economia dentro da Prefeitura isto esta dentro dos parametros, só na secretária de educação estão querendo economizar mais do que deveriam, não é só as profissionais de educação infantil que estão sendo isolados pela secretária de educação, monitores, motoristas, zeladoras, merendeiras estes são profissionais que estão prestando serviço para a educação e sendo pagos pelos cofres do municipio, mas cade as verbas que vem do governo federal pra ser aplicado na Secretaria de Educação, ja que estes profissionais prestam serviço para esta Secretaria deveria ser paga por esta mesma. Mais na mesma Secretaria é um tal de se ajeita daqui se arruma dali defende seus interesses pessoais, arrumam seus sálario e quem trabalha realmente fica de lado.

  6. ELTO

    E O PROCESSO SELETIVO PARA PROFISSIONAL DA EDUCAÇÃO INFANTIL NO EDITAL ESTÁ COMO CARGO DA SECRETÁRIA DA EDUCAÇÃO ESPERO QUE MUDEM ISTO, POIS É UMA MENTIRA

  7. cidadã mafrense

    trabalhar como professora sempre quisemos o problema é que nunca quisemos ser enganadas…
    ser mão de obra barata, sim pois ouvimos isto varias vezes, chegamos a ouvir que não fomos obrigadas a fazer o concurso e nem que fomos obrigadas a assinar o termo de posse.
    mas agora estamos amparadas pelas leis como constituição federal, LDB, e outras.
    estamos esgotando as possibilidades administrativas primeiro e agradecemos muito a Gazeta de Riomafra que nos deu o espaço para esclarecer os fatos a todos…

  8. fala aí

    Imaginem trabalham como professores e nem fazem parte do quadro da Educação da Prefeitura, emprestados à Educação, como mão de obra barata, precisam sim ter seus direitos, como temos os nossos deveres…

    • jorge

      Isso é uma pura verdade , e agora jose que fazer, funcionário da administração emprestado para a educação, imaginem ,isso é a tal economia ,talvez estas pessoas estejam cuidando do filho de de quem fez esta lei pra os prejudicar

  9. fala aí

    Não entendi a colocação do colega Rionegrense, pode explicar melhor? Abraços!!!!!!

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