A espada de Dâmocles

Publicado por Geancarlo Stein - 16/09/2014 - 13h29

As evidências de roubo na Petrobrás são motivos para que se puxe o freio de arrumação do país. Trata-se de crime contra o povo brasileiro e as instituições que o representam, e que demonstram que pode haver sério comprometimento do funcionamento do governo e Congresso. Não é possível que com denúncias tão sérias a própria presidente da República continue em campanha por reeleição, sem que ainda se saiba se ela tem ou não participação no escândalo no coração da maior empresa brasileira. Dilma foi Ministra de Minas e Energia e Presidente da República durante o período dos roubos. Presidiu o Conselho de Administração da Petrobrás quando autorizou a compra da refinaria de Pasadena (EUA), cuja devolução de 700 milhões já foi determinada pela justiça. Enfim, não tem a confiança política necessária para, neste momento, ser candidata a um segundo mandato. É necessária uma atuação rigorosa e rápida do Judiciário, preservando o interessa da Nação e, se necessário, suspendendo a eleição para depois da apuração efetiva dos fatos. Não se trata de condenar Dilma sem provas, mas de preservar um mínimo de decência e amor próprio (do que resta) ao povo brasileiro. A oitiva pela Polícia Federal do ex-Diretor e ladrão confesso Paulo Roberto Costa ainda não foi encerrada e fatos importantes podem vir à tona. Não pode a população ir ás urnas sem ter certeza de que aquela que exerce o mais alto posto da cidadania brasileira, não esteja de alguma forma envolvida num crime contra o Estado e seu povo. O fio da espada pode não suportar o peso demasiado daquilo que tenta, a todo custo, sustentar!

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