Faltam palavras para expressar que sentimentos perpassam os corações dos riomafrenses nestes últimos dias. Difícil imaginar, prever ou aceitar situações como a que vitimou a jovem Aline. Após o choque inicial muitos protestos se ouvem, desde a necessidade de leis mais duras e eficazes até a instituição da pena de morte (praticamente impossível pela atual Constituição). Essa dor aumenta ao nos colocarmos no lugar dos familiares e ao pensar que o possível assassino era alguém tão perto. Sou advogado e por convicção e ofício defendo a observação das leis para que não se caia na barbárie. Mas confesso que, privadamente, não me importaria que, comprovada a autoria, o criminoso fosse localizado antes por populares do que pela polícia. Esse luto que se estendeu como um manto negro por cima de nossas cidades precisa ser avaliado e servir para que a sociedade e os poderes públicos reajam e protejam melhor seus cidadãos e nossas famílias. É hora de chorar, sem dúvida nenhuma. Mas também de fazermos uma avaliação da sinceridade dos propósitos de quem, podendo agir, não o faz. E isso vale para todos nós, com título, cargo, função ou cidadãos. Os pêsames são para todos os riomafrenses.
Faltam palavras
Publicado por Geancarlo Stein - 05/10/2013 - 20h15
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