A Lei Rouanet promove projetos culturais por meio de incentivos fiscais, possibilitando que pessoas físicas ou jurídicas apliquem parte do imposto de renda devido em ações na área. Do outro lado, interessados submetem seu projeto cultural ao Ministério da Cultura. Se aprovado, os interessados no financiamento buscam recursos com pessoas ou empresas. Estes são chamados de incentivadores e conseguem abater parte ou o total do valor do apoio do imposto de renda. O conceito da lei Rouanet, portanto é razoável. Porém, sempre há quem busque obter vantagens de caráter discutível do ponto de vista ético, uma vez que qualquer dinheiro abatido do IR é público. Projetos os mais extravagantes têm sido apoiados pelo MINC, como o apoio ao Cirque de Soleil, que cobra ingressos astronômicos e, acredite, vende um saquinho de pipocas pelo preço de R$ 28,00 em seus espetáculos. Cifras nas alturas, como um milhão de reais para financiar monólogo de uma conhecidíssima cantora de MPB também já causaram estragos na credibilidade da lei. O mais novo descrédito está no fato de uma grife de roupas, que recentemente desfilou em Nova Iorque, estar pensando em financiar o desfile do ano que vem por meio da lei. Assim fica, realmente, difícil!
Malandragem
Publicado por Geancarlo Stein - 14/09/2013 - 10h50
- Publicidade -