O que tem de música falando em “encher a cara” e coisas do gênero tocando por aí é de se espantar. O Ano 2000 ficou para trás, mas parece que no comportamento não se avança. Claro que existe um forte componente da publicidade que enaltece o consumo de bebidas alcoólicas com modelos, homens e mulheres, em praias que não existem em lugar nenhum do mundo, mas a rapaziada pode estar perdendo a noção. Na noite é de espantar a grosseria com que as garotas são abordadas, geralmente por semibêbados fedendo cachaça. Mas o que surpreende não é a abordagem, mas o fato de muitas aceitarem a situação e não mandarem o sujeito ir se civilizar primeiro. É interessante, pois parece que abordar uma mulher com carinho e atenção não é mais pré-requisito para uma conquista. E muitas ainda sequer sabem a diferença que isso tem. E o baile segue, no ritmo do “arrocha”, do lê-lê-lê e por aí vai. Seria até divertido, se não fosse só e ocamente, isso.