Após 22 anos atuando junto ao Legislativo Rionegrense, somados a outros seis anos em que atuou como vereador, Roberval Vianna Miranda foi exonerado nessa semana

“Cabe ao presidente tomar decisões quanto as atividades Administrativas da Câmara”. Assim o presidente do Legislativo Rionegrense, Daniel Teixeira da Cruz justificou o ato de exonerar o Diretor da Casa Legislativa, Roberval Vianna Miranda.

De acordo com Daniel Teixeira, apenas questões administrativas resultaram na exoneração do diretor – que deverá ser publicado no Órgão Oficial no próximo final de semana. Sobre especulações de que teria sofrido pressão política para exonerar Roberval Miranda, o presidente da Câmara foi enfático em dizer que são acusações inverídicas. “Não sofri pressão nenhuma, somente tomei a decisão pelas questões citadas”. Ele afirmou, ainda, que não há necessidade de, como atual presidente do Legislativo, manter um funcionário em função comissionada, só porque os presidentes anteriores o mantiveram. “Cabe a mim decidir sobre estas questões administrativas”, discorreu.

O ponto máximo que gerou a exoneração do diretor Roberval, afirmou Daniel Teixeira, foi o fato de o mesmo haver fechado as portas da Câmara de Vereadores na última sexta-feira, dispensando os funcionários, sem manter contato com a Presidência. “Tínhamos uma Sessão Solene às 15 horas e não podemos deixar a Casa do Povo fechada nesse ínterim”, atentou, lembrando que reconvocou os funcionários a retornarem ao expediente.

Esse não é o único motivo pelo qual Daniel Teixeira da Cruz exonerou o então diretor. Segundo ele, há uma somatória de fatos, os quais nos seriam repassados em entrevista ao final da tarde de ontem. Pouco antes do horário, o presidente do Legislativo Rionegrense ligou para a redação do Jornal, justificando que por outros compromissos, não poderia nos receber.

Ex-diretor diz que o caso está encerrado

“A decisão é do presidente. Se ele assim decidiu, pronto, acabou”. Com essa frase Roberval Vianna Miranda demonstrou não estar insatisfeito com a atitude do presidente da Câmara de Vereadores, que o exonerou.

O que o ex-diretor não concorda, no entanto, é com a afirmativa de que teria fechado as portas do Legislativo e dispensado os funcionários sem o conhecimento do presidente. O que aconteceu, na versão de Roberval, é que naquele dia havia uma Sessão Solene agendada para as 15 horas e, então, teria ele proposto ao presidente que ao invés de encerrar o expediente às 11h30min, reiniciar à tarde e depois os funcionários tivessem que se deslocar novamente até suas casas para se prepararem a comparecer na Sessão, se fechasse a Câmara somente ao meio dia, deixando as portas fechadas até o horário da citada reunião. Afirma Roberval que o presidente Daniel Teixeira da Cruz prontamente aceitou a proposição, alertando apenas para a necessidade de se deixar um aviso na porta, para conhecimento dos munícipes que viessem procurar o Legislativo. “O que for dito além disso é mentira”, disparou. Ele diz que há testemunhas de sua conversa com o presidente, mas que como a decisão é do presidente, não quer envolver ninguém na questão.

Indagado sobre um possível retorno à Política, como candidato, Roberval Miranda disse ter interesse sim, mas não neste momento. “Vou pensar bastante no assunto, mas quero continuar servindo a população”, finalizou.