Falta de acessibilidade complica rotina de cadeirantes

Publicado por Gazeta de Riomafra - 22/07/2012 - 17h42

O dia-a-dia de quem anda com cadeira de rodas já é difícil por uma série de limitações. Mas em Mafra e Rio Negro a rotina dessas pessoas é ainda mais complicada por causa da falta de adaptação… Adaptar os ambientes utilizados, como as residências , os locais de trabalho, os hospitais, clinicas e consultórios, o comércio, as áreas de lazer e os outros locais visitados regularmente, significa permitir ,alem do direito de ir e vir e da garantia de igualdade, uma concepção moderna de abordar o tema deficiência, que é a tendência atual. A copa de 2014 se aproxima, e para esta gigantesca realização o Brasil estará gastando, segundo Revista Abril, cerca de R$ 11 bilhões. Muito dinheiro para um país ainda subdesenvolvido que anseia por melhoras na saúde, na educação, na infraestrutura e em tantas outras áreas totalmente precárias. E tanto dinheiro jogado fora pra quê? Quais serão os resultados positivos que a copa trará ao Brasil? Talvez, meramente, turistas esbanjadores que movimentarão o comércio do país. Fato este, que não soluciona nenhum problema, o país não está preparado para receber tão grande quantia de pessoas. Em meio a tanto, milhares de pessoas com deficiência sequer tem acessibilidade. Escolas, hospitais, praças, ruas, transporte, nada disso está adequado a nossa situação atual. Alarmante realidade! Sem mencionar o preconceito retrógrado de boa parte da população, pois mais difícil que lidar com qualquer deficiência é lidar com a falta de educação.

Em entrevista realizada com o cadeirante mafrense, Cleiton Greffin, 25 anos, residente no bairro Faxinal, pode-se notar sua indignação frente aos diversos problemas de acessibilidade: “Os estabelecimentos tem consciência de que devem ter rampa ou elevador que possibilite a entrada de pessoas em cadeiras de roda, porém, esta não é a realidade em Mafra. As ruas e calçadas são uma vergonha! Somos seres humanos e merecemos um pouco de respeito e dignidade”, diz ele. Ainda complementou dizendo: “pedimos que respeitem as nossas vagas nos estacionamentos, e que as autoridades e comerciantes se mobilizem e tomem providencias para que possamos sair de casa e desfrutar a nossa cidade livremente”.

Esta é a realidade de milhares de brasileiros, que se vêem presas a uma cadeira por não haver acessibilidade. O simples direito de ir e vir sendo interrompido! Algo a se refletir, a mudar. O Brasil precisa de atitude, e não somente de promessas vagas em tempo de eleição.  “Acredito que, em uma sociedade tão individualista como é a de hoje, muitos sequer param e imaginam como deve ser difícil a vida de um cadeirante. E digo, pensar não em uma maneira que aflore o sentimento de pena, mas sim que eles também tem direitos como qualquer outro cidadão. Por que então toda a população não abraça essa causa? Todos só teriam a ganhar”.

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01 comentário publicado
  1. CADEIRANTE

    O que os cadeirantes precisam saber é que é lei o acesso a todas as pessoas nos ambientes públicos. A primeira denúncia que fizerem sobre determinados ambientes públicos a justiça rapidamente mandará deixar acessível. Por isso que acho que agora que está na mídia esta situação devé-se começar a deixar acessível a Prefeitura como exemplo aos outros ambientes. Vamos nos unir meus amigos!

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