Boa tarde galera, hoje é um dia mais que especial para todos os amantes desse que não é apenas um estilo musical, mas uma filosofia de vida, uma forma de pensar, agir, de postura e atitude, lembrando que para nós, todo o dia, é dia do Rock, mas é muito bom, tem um dia reconhecido mundialmente para tal, e cá entre nós, esse coroa já passado dos 50 anos, que nos proporcionou e proporciona, tantas alegrias, emoções, aventuras, histórias, merece essa data.
Confesso a vocês que eu que sempre já deixo meio que preparado os textos, hoje não fiz assim, não sei o que dizer, porque mais que nunca o Rock hoje e sempre, é para ser sentido, vivido, deixar ele pulsar naturalmente em suas veias, com aquela, força, energia, que só ele tem, poderia falar de fatos históricos importantes, como até hoje, guitarras e baterias contam a história do menino rebelde, mestiço, filho ilegítimo de uma vertente musical afro-americana (rhythm ‘n blues) e um gênero de tradições européias (country).
Contraditório desde o início, ele surge num país e numa época marcados pela segregação racial. Seu ponto de partida também é polêmico: há quem defenda Rocket 88, gravado em 1951 por Jackie Brenston; outros preferem Shake, Rattle and Roll, registrado em 1954 pelo negro Big Joe Turner e pelo branco Bill Halley.
Ou talvez poderia falar, que sobre o efeito de LSD os Beatles gravaram o que possivelmente foi o álbum mais revolucionário da história do Rock, “Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band”, em 1967. Pela primeira vez uma banda de Rock rompeu o formato extremamente comercial da música Hit Single, lançando uma obra em que cada música era apenas uma parte do todo. Eles gastaram mais de 700 horas e seis meses de gravação. Para muitos Sgt. Peppers é considerado o nascimento do Rock Progressivo e divide esta glória com um outro álbum, curiosamente gravado no mesmo estúdio e ao mesmo tempo, “The Pipers At The Gates Of Dawn”, do Pink Floyd, que havia ficado famosa pelas suas performances audiovisuais no underground londrino, liderada pelo gênio movido a LSD de Syd Barret.
Beatles – A day in the life (studio version).
Poderia chegar mais atualmente citando, o começo dos anos 90, o rock andava mal das pernas: entre as bandas de maior sucesso no rádio e na MTV, reinavam os astros do chamado hair rock, com muita pose (e maquiagem) e pouca música. A década, porém, seria marcada por uma renovação do gênero – e a faísca inicial desse movimento ocorreu em agosto de 1991, num estúdio de Culver City, na Califórnia. Lá, um trio vindo da chuvosa Seattle, no extremo noroeste dos EUA, gravava o videoclipe de seu primeiro single por uma grande gravadora. Smells Like Teen Spirit, primeira faixa do álbum Nevermind, seria o cartão de visitas do Nirvana fora do meio indie. Dirigido pelo estreante Sam Bayer, o clipe começou a ser exibido de forma quase incessante na MTV americana a partir de outubro de 1991. Em janeiro de 1992, Nevermind já era o álbum mais vendido dos EUA (e, na esteira do fenômeno Nirvana, surgiam para o grande público bandas como Pearl Jam, Soundgarden e Alice in Chains). Desde Smells Like Teen Spirit, o rock recuperou a boa forma – e é impossível dizer se isso teria acontecido sem o sucesso do clipe.
Nirvana – Smells Like Teen Spirit.
Poderia falar que partir de 1965, com a banda Yardbirds, (que teve uma carreira tão curta quanto influente, pois tinha entre seus membros ninguém menos que Eric Clapton, Jimmy Page e Jeff Beck) e The Who, o Rock começava a ganhar uma agressividade inédita, com guitarras mais distorcidas e muito mais amplificação. Em 1966, com o single “Substitute”, o The Who finalmente levava o Hard Rock pela primeira vez ao topo das paradas, enquanto Eric Clapton forma um super trio, o Cream.
The Yardbirds – Shapes of things.
The who – Substitute.
Cream – Strange Brew.
Como poderia esquecer dele, o lendário, Jimi Hendrix seria uma outra grande revelação em 1967. Com seu segundo single, Purple Haze (o primeiro havia sido Hey Joe, um ano antes) Hendrix criou uma nova sonoridade, ampliando definitivamente os recursos da guitarra elétrica no Rock.
Jimi Hendrix – Purple Haze.
http://www.youtube.com/watch?v=8MYIc6s5ACY
O grande evento do ano de 1967 seria o Monterey Pop Festival que reuniu Jimi Hendrix, The Animals, Simon and Garfunkel, Bufallo Springfield, entre outros. Foi neste festival que o mundo descobriu a eterna rainha do blues, Janis Joplin, que explodia com seus uivos e gemidos em clássicos como Mercedez Bens, Cry Baby e Summertime.
Janis Joplin – Mercedes Benz.
Como esquecer, em 1968 com o final da banda Yardbirds, Jimmy Page forma o New Yardbirds, logo renomeado para Led Zeppelin. A sonoridade do Led Zeppelin era inédita e, embora muito baseada no blues, era mais agressiva do que qualquer outra música. Instrumentistas virtuosos, solos e improvisações de tempo indeterminado começavam a despontar. O Hard Rock iniciava seu período de apogeu.
Led Zeppelin – Whole Lotta Love.
http://www.youtube.com/watch?v=bXKboDqiSbE
Não podemos deixar de falar banda americana Steppenwolf, que gravou a música de hard rock, “Born to Be Wild”, que carregava guitarras distorcidas e baterias pesadas, diferentemente das bandas clássicas de hard rock. Até hoje se discute se essa música é hard rock ou heavy metal. Em 1968, depois de 2 anos de nenhum sucesso, o quinteto de blues de Aston (região no norte da Inglaterra de 15 mil pessoas na época) se separou. Por uma grande coincidência, a banda de blues Rare Breed (a primeira banda de Ozzy Osbourne) também se separou. Dois deles se reuniram com dois ex-membros do Mythology e formaram a banda de blues Polka Tulk, que depois se tornou Polka Tulk Blues, logo Earth. Em 1969, o baixista Geeze Butler disse “É estranho as pessoas pagarem para sentir medo”, depois do sucesso do filme de terror Black Sabbath, de Boris Karloff. Então, trocaram o blues pelo emergente blues-rock, dando a ele um tom sombrio e distorcido. Assim surgiu a banda Black Sabbath, e junto deles o Heavy Metal que nós conhecemos, o sub-gênero mais pesado do Rock, que ao longo dos anos ganhou vida própria e gerou vários “filhos”.
Black Sabbath – The Wizard.
http://www.youtube.com/watch?v=YCjspyo-_aI
Com deixar de fora os primórdios?? … Chuck Berry, Jerry Lee Lewis, Buddy Holly, os Everly Brothers, Little Richard, Fats Domino, Bill Halley and his Comets (já falado essa semana, com imagem e vídeo inclusive) entre outros.
Chuck Berry – Johnny B Goode.
http://www.youtube.com/watch?v=6ofD9t_sULM
Falar de rock sem falar dele é sacanagem, Elvis, era o que seu empresário Tom Parker chamou de “um branco que cantava como um negro”. Levando em conta o racismo da sociedade muito forte na época, Elvis tinha as características necessárias para ser a figura musical mais popular dos anos 1950: branco, jovem, carismático e talentoso, Elvis também inovava em seu jeito de dançar que espantava a parcela conservadora da sociedade. Além de símbolo sexual e ídolo da massa jovem americana, Elvis se tornou a imagem do roqueiro que não seguia regras. Em 1956, um caipira do Mississipi, chamado Elvis Aaron Presley adentrou a gravadora Sun Records em Memphis, para gravar um compacto que seria dado de presente para sua mãe. O resultado? O doido acabou saindo como o “Rei do Rock” e colocando oito discos no topo das paradas: Heartbreak Hotel / I Was The One / I Want You, I Need You, I Love You / My Baby Left Me / Hound Dog / Don’t Be Cruel / Love Me Tender / Any Way You Want Me.
http://www.youtube.com/watch?v=cKOJO3pKxw0
Todas as letras do disco são de Waters. Fica impossível dizer qual seria a melhor música, o disco merece uma completa audição na escuridão total. Este álbum, que vende 250 milhões de cópias por ano, está registrado no Guiness por ter sido o álbum que permaneceu mais tempo nas paradas.
http://soundcloud.com/gaiarock/gaia-higway-to-hell
http://soundcloud.com/gaiarock/gaia-wish-you-were-here
http://soundcloud.com/gaiarock/gaia-smells-liketeen-spirit
http://soundcloud.com/gaiarock/gaia-dont-you-cry
http://soundcloud.com/gaiarock/gaia-pride